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Caso Polo Joalheiro: nova gestão alega fim de contrato como motivo para mudanças no espaço

Ao longo da semana, o BT Mais recebeu e acompanhou denúncias de funcionários do Polo Joalheiro, localizado no Espaço São José Liberto, em Belém, que relatam demissões em massa no local. Segundo as fontes, a equipe seria retirada para que o espaço funcione como a sede da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), sob a nova gestão do secretário e deputado Paulo Bengtson.

Funcionários e gestores relatam que houve anúncio da dispensa e eles já não poderiam exercer suas funções nas salas tradicionais, além de temerem por não receber rescisões contratuais de forma devida. Outra denúncia é de que joias e artefatos artesanais comercializados e curados no espaço seriam realocados.

“Os artesão estão revoltados e os colaboradores não sabem nem se vão receber seus direitos pois a nova gestão alega estar sem verba para as rescisões”, conta uma das denunciantes.

Quando questionada sobre as exonerações, a Sedeme alegou não ser responsável por demissões no espaço, uma vez que a administração do local era responsabilidade do Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (IGAMA), que não respondeu às tentativas de contato de nossa equipe.

A secretaria ainda afirma que o local não será fechado para uso administrativo e reforça que contratações e a gestão do local serão feitas em parcerias com iniciativas como a Organização de Cooperativas do Brasil (OCB-PA).

Leia a nota completa enviada ao BT:

“Informamos que não cabe à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia- Sedeme a demissão de prestadores de serviços lotados no Espaço São José Liberto – ESJL, considerando que os mesmos são contratados por meio do Instituto de Gemas e Joias da Amazônia – IGAMA.

O contrato com o Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), responsável pela gestão do espaço desde 2007, foi encerrado após o cumprimento de todos os prazos de termos aditivos, conforme as diretrizes da gestão pública e consoante a legislação vigente.

Informamos também, que não procede a informação do fechamento do Espaço Cultural e Turístico São José Liberto. A Sedeme, em parceria com a Organização de Cooperativas do Brasil (OCB-PA), fará a gestão do Espaço de forma integrada com o Sebrae, lojistas e empreendedores que atuam no local.”

O BT questionou como serão feitas essas novas contratações para o funcionamento pleno do local, em resposta a Sedeme reafirmou que serão feitas “em parceria com a Organização de Cooperativas do Brasil (OCB-PA)“, mas não deu maiores detalhes.