Castanha-do-Pará ou Castanha-da-Amazônia, qual o nome correto?

Há algum tempo, pessoas vem entrando em discussões sobre qual o nome correto a ser dado a semente da castanheira encontrado na região da Amazônia. Além da (velha) discussão sobre o uso de “castanha-do-Brasil” na nomeação do fruto, internautas estão em debates sobre se o uso do nome castanha-da-Amazônia é mais correto do que castanha-do-Pará.

Sendo a castanheira uma das principais árvores do bioma amazônico por ocupar mais de 40% do território brasileiro, além da área de outras oito nações, defensores do uso do sufixo “da Amazônia” argumentam que a castanha nasce de uma região que abrange muito mais do que o território paraense.

Do outro lado, usuários que defendem que a semente deve continuar sendo chamada pelo tradicional nome de castanha-do-Pará argumentam que o nome carrega uma história, pelo fato do estado do Pará ter sido o Grão-Pará que incorporou terras da Amazônia para além das fronteiras que o estado tinha, sendo a referência de local da castanha durante um período.

“O nome está relacionado com a história desse fruto, e não com o local onde ele nasce ou é produzido. O nome consolidado na cabeça das pessoas vem desse histórico — Aos paraenses soa como uma forma de invisibilizar o estado”, disse um usuário do twitter.

Aquém da discussão sobre qual dos dois nomes é o certo, há quem defenda que, em um país enorme e diverso como o Brasil, algo ter mais de um nome é um fenômeno natural e a padronização inviabiliza processos históricos e culturais.

O Brasi é o segundo maior produtor de castanha-do-Pará, sendo responsável por aproximadamente 40% da produção mundial, atrás apenas da Bolívia, que tem 50% da produção. Embora seja mais conhecida internacionalmente pelo nome brazil nut, ela possui bem mais nomes:

Bolívia: Almendra del Beni e tapa;
Colômbia: Nueces de Marañon;
Suriname: Kokeleko;
Peru: Castaño de Madre de Dios;
Venezuela: Matamatá de Altura e Turury.