O movimento “Childfree” emerge como um fenômeno que questiona as expectativas convencionais associadas à criação de filhos. À medida em que mais pessoas optam por uma vida sem descendentes, a sociedade é desafiada a compreender essas escolhas diversificadas.
Os objetivos se resumem na própria expressão em inglês: “livre de crianças”. O Childfree é formado por pessoas que optaram por não ter filhos e, mais do que isso, não desejam “ser importunadas” por crianças em espaços públicos. A iniciativa vem ganhando adeptos rapidamente no Brasil e a polêmica vem aumentando na mesma medida.
No Brasil, a página do Facebook “Childfree Memes Brasil” conta 38 mil membros e existe desde 2017. Lá, é possível encontrar diversas publicações com sátiras a quem tem ou vai ter filhos.
Algumas empresas que aderiram a algum tipo de limite à presença de crianças, ou ao menos alertam os demais usuários do serviço sobre a presença delas. A Japan Airlines, por exemplo, passou a informar em quais assentos há bebês menores de dois anos, de forma que os demais passageiros possam optar por sentar longe deles.
Histórico
O movimento “Childfree” surgiu nos Estados Unidos, em 1972, com a fundação do grupo National Organization for Non-Parents, que defendia a ideia de que ter filhos é uma escolha, e não uma obrigação. Voltado principalmente para as mulheres que se sentem pressionadas a ter filhos, o grupo se espalhou – chegou ao Canadá, num primeiro momento, depois à Europa.
Resistência ao movimento
Contrários ao “Childfree”, algumas pessoas alegam que a proibição da entrada de crianças em qualquer lugar público, além de configurar uma conduta discriminatória, também é considerada como violação explícita ao Estatuto da Criança e do Adolescente e, ainda, prática abusiva, infringindo o Código de Defesa do Consumidor.