A mais recente série do gênero “true crime” disponível em plataformas de streaming, intitulada “Massacre na Escola – A Tragédia das Meninas de Realengo”, estreou recentemente na HBO Max a proposta é abordar o caso do crime que abalou o Brasil em abril de 2011. A produção não cita o nome e nem mostra o rosto do criminoso responsável pelo massacre. A série é uma coprodução da Giros Filmes e Warner Bros. Discovery e foi criada e escrita pela roteirista paraense Lúcia Tupiassú e por Daniela Kopsch. Bianca Lenti assina a direção.
A decisão de não mostrar o nome e a foto do criminoso é explicada em um aviso na abertura do doc, afirmando que é um compromisso ético e moral para evitar estimular novos ataques, entretanto, a série documental mostra imagens fortes do terrível crime que deixou 12 vítimas fatais e mais 22 feridos.
As criadoras afirmaram em entrevistas para a imprensa no momento do lançamento do doc que a produção busca ir além da reconstituição do massacre, e quer demonstrar que a morte das doze vítimas, dez delas mulheres, foi, na prática, um feminicídio, explorando diferentes depoimentos que discutem essa tese.
Lançada em partes, a produção é composta por quatro episódios sendo que os dois últimos foram liberados neste último domingo, dia 16 de julho.
Além da questão da violência de gênero, Tupiassú e Kopsch também buscam ouvir especialistas sobre outras possíveis motivações para o crime, como o bullying que o assassino alega ter sofrido na infância. O criminoso estudou na mesma escola onde promoveu o massacre. A série também tem como tema a problemática da facilidade de compra de armas e segundo as autoras, a suposta influência que videogames violentos poderiam exercer sobre os jovens.
TOPO DAS MAIS VISTA:
Há uma semana no ar, a produção chegou ao segundo lugar no ranking de filmes e séries mais vistos no Brasil pela plataforma da HBO Max e tem sido pauta no país desde o seu lançamento.
PARAENSE NO ROTEIRO:
Nascida em Belém, a paraense Lúcia Tupiassú, é uma das responsáveis pelo roteiro e criação da série documental. Ela atua no mercado audiovisual desde 2011 e escreve para televisão, cinema, streaming e internet e também é autora da série em animação Fruti-Feras, que conquistou o 2o lugar no Cabíria Prêmio de Roteiro 2021 (categoria séries de ficção) e foi selecionada para as Doctoring Sessions do Serie LAB 2021.
NOVA SÉRIE ANUNCIADA:
A HBO Max também já anunciou que está desenvolvendo uma série documental sobre o caso do menino Henry Borel, assassinado em março de 2021 enquanto estava no apartamento da mãe, Monique Medeiros, e do padrasto, o vereador Dr. Jairinho que foram presos acusados da autoria do crime, mas que ainda não foram julgados.
