O jogador da seleção brasileira de vôlei Wallace foi suspenso de todas as atividades relacionadas ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) após uma enquete publicada no Instagram onde perguntava se seus seguidores “dariam um tiro na cara do Lula”.
A decisão foi do conselheiro de ética do COB, o desembargador Ney Bello, que ressaltou o papel que atletas devem desempenhar na sociedade. “Roberto Dinamite, Pelé, Maria Lenk, Esther Bueno não tiveram apenas a honra e a glória de serem campeões. Todos tiveram a responsabilidade de educar gerações que precisavam pautar-se por princípios éticos e morais para seguirem na luta pela construção de uma sociedade melhor para todos, não obstante as opções políticas de cada um”, disse o desembargador, na decisão.
Wallace está proibido de participar de todos os campeonatos organizados pela COB, pela CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) e dos treinos da seleção brasileira até a finalização do processo que examina sua conduta. A decisão não o impede de treinar em clubes, mas o Cruzeiro decidiu “afastá-lo por tempo indeterminado” após o episódio considerado pelo clube como “lamentável”.
O jogador tem cinco dias para apresentar sua defesa e recorrer da decisão. Em suas redes sociais. Wallace se desculpou pela publicação “infeliz”e reconheceu o erro. “Quem me conhece sabe que eu jamais incitaria violência em hipótese alguma, principalmente ao nosso Presidente. Então, venho aqui pedir desculpas, foi um post infeliz que eu acabei fazendo. Errei”, escreveu o atleta.
A ministra dos esportes, Ana Moser, também se posicionou sobre o caso. “Antes de atleta, Wallace é um cidadão brasileiro e deve responder às nossas leis e instituições”, afirmou.
