A fumaça vista pelo céu de Belém desde a última sexta-feira, 16, vem trazendo graves consequências para a comunidade que mora no entorno do lixão do Aurá.
A empreendedora Sofia Paz, uma das responsáveis pelo projeto Pará Solidário (@parasolidario), esteve no local e registrou que algumas pessoas seguem trabalhando no local mesmo com os focos de incêndio e a quantidade grande de fumaça.
A empresária distribuiu máscaras para os trabalhadores presentes no local e conversou com alguns deles. Uma mulher falou com Sofia e explicou que segue no local porque precisa trabalhar para se alimentar.
Em áudio enviado pelo WhatsApp, uma das moradoras da comunidade informou para Sofia que as consequências do incêndio estão atingindo a saúde dos moradores locais. “Eu acordei com dor de garganta, nariz muito entupido e muita dor no peito, dona Sofia. Por conta daquela fumaça”, disse.
Mais cedo, o BT entrou em contato com o Corpo de Bombeiros que afirmou estar trabalhando para “revirar o entulho do local e combater os focos de incêndio”. Veja a nota na íntegra:
“O Corpo de Bombeiros Militar do Pará e Coordenadoria Estadual de Defesa Civil informam que trabalharam no combate ao incêndio na sede do lixão do Aurá, durante todo o final de semana. A fumaça chegou a superfície por volta das 5h da manhã desta segunda-feira, (19). A corporação está providenciando apoio para revirar o entulho do local e combater os focos de incêndio”.
Em nota, a Prefeitura de Belém afirmou que “toma medidas para buscar solucionar o problema. E que, por meio da Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), informa que o foco de fogo no lixão do Aurá é consequência do gás de metano, pois, com a falta de chuvas, esquenta e o fogo se alastra.” Ainda na nota enviada ao BT, a Secretaria informa também que “em conjunto com o Corpo de Bombeiros, está encaminhando carros- pipa e carros de hidrojateamento para amenizar a situação. E também providencia uma escavadeira hidráulica para proporcionar a entrada de oxigênio e, assim, apagar o fogo no local”.