//

Confira os principais destaques do último debate presidencial antes das eleições

O último debate do segundo turno das Eleições Presidenciais de 2022, entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), aconteceu na noite desta sexta-feira, 28, na Rede Globo. Em um clima tenso de muitas acusações mútuas e troca de farpas, os dois candidatos abordaram os principais temas discutidos durante todo o período das eleições.

Lula e Bolsonaro participaram do debate na Globo na noite desta sexta-feira, 28, nos estúdios da Globo no Rio de Janeiro.

TROCA DE FARPAS E ACUSAÇÕES

No primeiro bloco do debate, onde a regra eram temas livres, Bolsonaro prometeu aumentar o salário mínimo para R$ 1.400 e acusou de mentirosa a propaganda eleitoral do ex-presidente Lula, que teria afirmado que Bolsonaro colocaria fim a benefícios trabalhistas, citando horas-extras, 13º salário e férias. O petista respondeu dizendo que uma pesquisa apontou 6.498 mentiras contadas por Bolsonaro durante seu mandato e que aumentou 74% do salário mínimo, enquanto Bolsonaro reajustou o mínimo apenas pela inflação.

Outro ponto abordado no bloco, foi a política externa. Enquanto Lula criticou o isolamento do Brasil durante o governo Bolsonaro, o presidente afirmou ter boa relação com o mundo árabe.

SEGUNDO BLOCO COM PERGUNTAS PRE-DEFINIDAS

Lula começou o segundo bloco e escolher falar sobre combate à pobreza. O candidato petista começou lembrando que, durante os governos do PT, o povo brasileiro tinha direito para comer, viajar e consumir. Lula, então, perguntou porque o povo empobreceu no governo de Jair Bolsonaro (PL).

O presidente culpou a pandemia e, depois, declarou que, para quem não quiser passar fome, é “só se inscrever no Auxílio Brasil“.

Bolsonaro sugeriu que, quem estiver passando fome, deve “bater na porta de alguém” para tentar entrar no Auxílio Brasil.

Em sua vez de escolher o tema da pergunta, Bolsonaro selecionou o tema “respeito à constituição” para questionar Lula. O presidente declarou que “sempre jogou dentro das quatro linhas da constituição”. Neste momento, Lula citou os ataques de Bolsonaro a “um ministro do Supremo Tribunal Federal” – em referência ao presidente do TSE, Alexandre de Moraes. O presidente repetiu os ataques e citou a rádio Jovem Pan para acusar Lula de censura e tentativa de calar a mídia.

Durante as falas do segundo bloco, Bolsonaro ainda gritou com Lula e o acusou de ser “abortista”. O petista declarou ser contra o aborto e disse que sua esposa, Janja, também é. Neste momento, Lula prometeu que, no próximo bloco, só falaria de propostas de campanha e ainda lamentou que Bolsonaro não fale sobre o que pretende para o país.

TERCEIRO BLOCO ABORDOU SAÚDE PÚBLICA:

Lula questionou Bolsonaro sobre saúde, e focou novamente na pandemia da covid-19 e também sobre a redução do orçamento para a Farmácia Popular. Bolsonaro não negou que os valores para o programa tenham diminuído, entretanto se isentou da responsabilidade. Ele declarou que comprou 500 milhões de doses de vacina contra a covid. Lula frisou o deboche de Bolsonaro com pessoas com falta de ar e criticou a demora para levar oxigênio para Manaus.

Já Bolsonaro abordou a construção de estádios para a Copa do Mundo de 2014. “Foi uma roubalheira sem igual”, declarou. Sem citar as mortes de quase 700 mil brasileiros durante a pandemia, Bolsonaro declarou que o Brasil está “muito melhor”.

Muitas farpas sobre os feitos na área da saúde no governo Bolsonaro foram abordadas. O petista insistiu na dificuldade de Bolsonaro de citar trabalhos feitos nesta área. Com um papel na mão, o presidente leu acréscimos feitos por ele. Lula agradeceu aos funcionários do SUS, o Sistema Único de Saúde, “porque, sem eles, teria morrido muito mais gente”, disse.

O tema violência contra a mulher também foi debatido. Lula questionou o motivo de Bolsonaro ter cortado a verba de programas que combatem o tipo de violência. O presidente insistiu que houve uma redução nas mortes das mulheres. “Tá faltando recurso para alguém? Não tá”, argumentou Bolsonaro.

QUARTO BLOCO, COM PERGUNTAS PRE-DEFINIDAS, MEIO AMBIENTE E PICANHA FORAM PAUTA

No quarto bloco, os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) tiveram de escolher temas pré-definidos para questionar o adversário.

Bolsonaro questionou Lula sobre criação empregos. Rebatendo a pergunta, o petista afirmou que, atualmente, são contabilizados trabalhos informais, enquanto, no tempo dele, “emprego” era com carteira assinada.

Bolsonaro afirmou que Brasil está prestes a “decolar e ser uma grande nação”.

Bolsonaro elogiou o PIX, e depois citou a água no Nordeste, falou sobre metrô em Minas Gerais, citou diversos estados do Brasil e particularidades de cada um.

Lula optou por falar sobre meio ambiente e mudanças climáticas. “Até quando o senhor vai continuar a política de desmate nos biomas brasileiros, sobretudo na Amazônia?”, questionou o candidato.

Enquanto Bolsonaro acusou Lula de ter desmatado mais, o petista lembrou de Marina Silva, que foi ministra do Meio Ambiente durante os governos do ex-presidente. A discussão se estendeu para temas como energia limpa, saneamento básico e fornecimento de água.

No fim do bloco, foi a quantidade de picanha que era possível comprar com o Bolsa Família que virou o principal tema da conversa e com o Auxílio Brasil, assunto dito por Bolsonaro e criticado por Lula.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

No ultimo bloco, os candidatos finalizaram o debate falando diretamente com o público sobre suar propostas para depois das eleições.

Confira os discursos no integra:

Lula iniciou as considerações discursando. Confira:

O atual presidente Jair Bolsonaro discursou em seguida. Confira:

*com informações e imagens de Globo, Yahoo e uol