O mistério de 18 anos envolvendo o desaparecimento, e agora confirmada morte, da estudante americana Natalee Holloway finalmente chegou ao fim com a chocante confissão do autor do crime, o holandês Joran van der Sloot, que escreveu uma carta dando detalhes do crime e pedindo desculpas à família da vítima.
Segundo a carta escrita por Joran, Natalee foi espancada até a morte com um bloco de cimento em uma praia depois que ela se negou a fazer sexo com ele e reagiu aos seus avanços. A declaração foi revelada pelos promotores do caso em um tribunal do Alabama, que conduzem o processo em que Joran é acusado de extorquir a família Holloway em troca de informações sobre o desaparecimento da moça.
O caso de Natalee, que inspirou uma série de documentários e filmes dramáticos como ‘O Mistério de Natalee Holloway’ e ‘Justiça para Natalee Holloway’ – em que Joran é interpretado pelo astro de ‘Arrow’ Stephen Amell – teve início em 30 de maio de 2005, quando ela foi vista pela última vez saindo de um bar com o acusado. A vítima tinha 17 anos quando foi morta.
O holandês não era acusado pela morte de Natalee, mas sua confissão coloca um ponto final no misterioso e longevo caso. “No que me diz respeito, acabou”, disse Beth Holloway aos repórteres do lado de fora do tribunal federal no Alabama.
“Joran van der Sloot não é mais o suspeito do assassinato da minha filha. Ele é o assassino”, decretou.
De acordo com Beth, Van der Sloot confessou a ela que foi para casa e assistiu pornografia depois de tirar a vida de sua filha.
A confissão faz parte de um acordo judicial no caso de extorsão e fraude eletrônica, quando o criminoso pediu US$ 250 mil aos Holloway para revelar a localização do corpo de sua filha.
Joran foi condenado a 20 anos de prisão que serão cumpridos simultaneamente com uma pena de 28 anos que ele cumpre no Peru pelo assassinato – também por espancamento – da jovem Stephany Flores em um hotel na cidade de Lima em 2010.
A CONFISSÃO
Na confissão de van der Sloot, ele detalhou como começou a beijar Holloway na praia de Aruba após um encontro em um bar local, de acordo com documentos judiciais obtidos pelo The New York Post.
“Comecei a apalpá-la novamente e ela me disse não. Ela me disse que não queria que eu a apalpasse”, diz o texto. A moça então acertou uma joelhada em sua virilha, que se levantou e a chutando no rosto, fazendo com que ela desmaiasse.
Van der Sloot então agarrou um bloco de concreto próximo, disse ele – supostamente confessando: “Eu quebrei a cabeça dela completamente”.
Ele então carregou o corpo machucado até a água chegar a altura de seus joelhos e a lançou no mar.
AGRESSOR DE MULHERES
Van der Sloot já havia sido preso duas vezes em Aruba sob suspeita do assassinato de Holloway, mas acabou liberado por falta de provas. Seu corpo nunca foi encontrado, mas um juiz a declarou morta.
A juíza Anna Manasco exigiu que ele confessasse a morte da adolescente para fechar o acordo.