Na última sexta-feira, 27, a prefeitura de Belém, por meio da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), deu início à consulta pública do edital de licitação do transporte público coletivo por ônibus em Belém.
O objetivo é que a população tire dúvidas e envie sugestões de melhorias para a situação do transporte público na capital, além de ficar por dentro de todas as mudanças que irão ocorrer. A consulta vai ficar disponível até o dia 25 de junho no portal da Semob (link acima).
PARTICIPAÇÃO PÚBLICA
O BT conversou com o especialista em Mobilidade Urbana e Trânsito, Rafael Cristo, que falou sobre a importância da participação pública durante a consulta de licitação. “É preciso, junto com órgão gestor, encontrar soluções inteligentes. É importantíssimo que a comunidade opine e apresente soluções acerca da mobilidade de sua cidade , pois vai determinar a cidade ideal que pretendemos viver”, disse ele.
O especialista comentou ainda sobre as questões que envolvem o sistema de transporte público coletivo na capital paraense. “O sistema de transporte público de Belém perpassa por questão de ordem jurídica (o regulamento de transporte voltado para realidade local, incluindo a questão hidroviária, atendendo as ilhas e os distrito de Icoaraci e Mosqueiro), questão de ordem técnica (órgão com pouca estrutura que faz com que a gestão sempre encontre dificuldade na execução de ações eficazes para atender demanda, o que interfere na qualidade de serviço) e outra questão delicadíssima é a de ordem social, pois o transporte público no Brasil vem passando por dificuldade financeira que interfere em todas as cadeias operacionais, conforme destacou CNT – Confederação Nacional de Transporte”, informou.
Rafael Cristo também falou a respeito de alguns corredores específicos de Belém. “Cada cidade tem sua particularidade sobre o sistema de mobilidade urbana. A minha sugestão seria criar mais dois corredores na João Paulo II e corredor na Pedro Álvares Cabral, além de analisar questões interbairros, suas macros e micros acessibilidades e, aí sim, trabalhar os pólos geradores de tráfego. Precisamos considerar que tal processo requer estudo técnico científico, pois Belém tem uma questão delicadíssima quando se trata de infraestrutura”, analisou.