Nesta última segunda-feira, dia 4, a secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, participou da primeira reunião do Brasil como membro da Coalizão de Ministros das Finanças para a Ação Climática durante o Finance Day da COP 28 em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O grupo publicou hoje uma Declaração de Ação Climática, que inclui mais de 170 ações a serem empreendidas pelos membros em 2024.
“Pudemos apresentar alguns avanços concretos que o Brasil vem fazendo na área de transição e financiamento climático, em especial as medidas tomadas na área de finanças sustentáveis, no contexto do Plano de Transformação Ecológica”, afirmou a secretária.
FINANCIAMENTO VERDE:
Dentre as ações previstas no documento apresentado, são apontados: a concepção de mecanismos para aumentar o financiamento verde, o avanço na implementação de mecanismos de precificação do carbono, uma melhor coordenação entre os ministérios e a busca de investimentos públicos e despesas correntes que sejam mais verdes, em especial para os países em desenvolvimento. “Há grande interesse pela agenda que o Brasil irá levar para a presidência do G20 e aproveitamos para ressaltar, particularmente, a força-tarefa de mobilização global pelo combate às mudanças climáticas criadas pelo presidente Lula, e trabalho que iremos desenvolver no grupo de finanças sustentáveis”, disse Rosito.
Também durante a COP 28, a secretária esteve no encontro dos Fundos de Investimento Climático (CIFs) ressaltando as medidas brasileiras para atingir a descarbonização da indústria e como esse tema pode ser priorizado durante a presidência do país no G20. Além disso, a secretária, que é coordenadora da trilha de Finanças do G20, também falou sobre a necessidade de reforçar a colaboração e aperfeiçoar o esforço conjunto do desafio da questão climática, trazendo governo, indústria, bancos de desenvolvimento multilateral e a sociedade para o centro do debate.
A secretária destacou que uma das principais prioridades apresentadas pelo Brasil para o G20, durante a COP 28, é otimizar o ambiente para o acesso ágil e desburocratizado a financiamentos do Fundo Verde do Clima (GCF), Fundos de Investimento Climático (CIFs), Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e o Fundo de Adaptação.
Dentre as propostas desenvolvidas para potencializar o financiamento climático, destaca-se o programa intitulado “Florestas Tropicais para Sempre”, concebido pelo Brasil em parceria com outros países. Além disso, uma proposta de mitigação do risco cambial, em colaboração com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), também foi apresentada.
A secretária enfatizou o Plano de Investimento do Programa de Integração de Energia Renovável, endossado pelo Fundo de Investimento Climático, que mobilizará estimados US$ 9,1 bilhões, incluindo US$ 8 bilhões em investimentos privados. Esses recursos promovem a integração preconizada na reunião da Coalizão de Ministros das Finanças para a Ação Climática, estimando uma redução de até 57 milhões de toneladas na emissão de CO2 e o acesso a fontes de energia limpa para milhões de pessoas.
Com informações de gov.br
