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COP das baixadas: periferias da Amazônia debatem questões climáticas e políticas públicas urgentes

A primeira edição do evento que tem o objetivo de dar voz às periferias sobre as crises climáticas – a “COP das Baixadas” – vai acontecer nos dias 9, 10 e 11 de fevereiro com programação gratuita. A ação é um evento inicial de conferência do clima feito pela e para a periferia, e que foi construído pelas mãos de organizações comunitárias e coletivos de Belém

O evento é gratuito para a comunidade. Imagem: Divulgação

Para os encontros, foram definidos três eixos específicos: Direito à Cidade, para discutir sobre mobilidade, adaptação e políticas públicas; Comunicação, para falar sobre ativismo e intervenção artística como conscientização nas periferias; e Clima e Sociedade, para conversar sobre os impactos nas periferias, soberania alimentar, alagamentos, deslizamento e migração; temas que serão abordados a partir de atrações artísticas, debates e feira criativa.

A programação será híbrida, tendo os dois primeiros dias com atividades no formato on-line e no seu último dia realizará um encontro na Usina da Paz do Jurunas. A ação terá desde discussões sérias sobre os assuntos das comunidades até apresentações culturais no dia presencial. 

As inscrições para a programação virtual do evento podem ser feitas preenchendo o formulário de participação (AQUI). Já a programação presencial será aberta ao público, não precisando de confirmação de participação.

A programação do evento poderá ser acompanhada pelo perfil do instagram @copdasbaixadas. O evento tem o apoio do governo do estado e da prefeitura de Belém, além de reunir diferentes coletivos e organizações da sociedade civil.

Segundo o idealizador do projeto, Jean do Gueto (@jeandogueto), também coordenador do Gueto Hub (@guetohub), o evento foi pensado antes da conferência climática e exclusivamente para a comunidade: “A gente pensou na COP das baixadas antes mesmo de eu saber que ia pra COP 27. Era um evento que fazia críticas ao evento oficial pela baixa entrada da sociedade civil e pouca representatividade da população periférica amazônida. Ao receber o convite, pude entender como funciona e voltei para ajudar a criar estratégias, junto ao meu coletivo, que dialoguem com as conferências globais. Assim, a COP das Baixadas é também uma forma de empoderamento local, para fortalecer inclusive a representatividade nessa cena.” 

Jean do gueto viajou para a COP 27, que aconteceu no Egito. Imagem: Divulgação

Segundo Jean, que é morador do bairro do Jurunas, “a programação está sendo elaborada de acordo com o que as pessoas e coletivos querem falar dentro desses eixos. As organizações têm sugerido nomes tanto de seus coletivos quanto de outras pessoas que precisam estar nesse momento. Uma forma de democratizar o evento e os temas a serem discutidos”, disse o morador.