Nesta terça-feira , (09), o parlamento sul-coreano aprovou um projeto de lei que proíbe a criação e o abate de cães para consumo. Essa prática era tradicional no país e vinha se estendendo há anos no debate nacional. Resta agora a aprovação final do presidente Yoon Suk Yeol.
A lei tem como alvo os criadores e abatedouros da indústria de carne canina no país, os clientes não sofreram punições. Segundo o projeto, qualquer pessoa que abater um cachorro para comer estará sujeita a três anos de prisão ou de multa de 30 milhões de won coreanos (cerca de US$23 mil, aproximadamente R$112 mil). Qualquer pessoa que crie cães para comer, ou que conscientemente adquira, transporte, armazene ou venda alimentos feitos de cães, também enfrenta multa e pena de prisão.
Os governos locais terão que apoiar empresários, donos de fazenda, donos de restaurantes de carne de cães e comerciantes que trabalham com a comercialização desse tipo de carne a terem uma mudança “estável” para outro tipo de negócio. Os comerciantes ainda terão uma carência de três anos para adotarem outros negócios.
O projeto foi proposto tanto pelo partido que está no poder de Yoon, quanto pela oposição e tem ganhado mais força quando a primeira dama se manifestou favorável a decisão, a mesma possui vários cães
Assim como na Coreia do Sul, parte do Vietnã e no sul da China era tradicional o consumo de carne canina. No país sul-coreano, se entende que o alimento poderia ajudar as pessoas a vencer o calor durante o verão e também era uma fonte de proteína barata e facilmente disponível numa época em que as taxas de pobreza eram muito mais elevadas.