//

CPI contra ONGs: Thammy Miranda diz que nome de Júlio Lancellotti não constava no documento da petição

O vereador Thammy Miranda (PL-SP) esclareceu, em entrevista ao GLOBO nesta quinta-feira, 4, sua assinatura à CPI das ONGs na Câmara de São Paulo. A investigação tem como foco a atuação filantrópica do padre Júlio Lancellotti, da Paróquia de São Miguel Arcanjo, na Cracolândia, região central de São Paulo, na atuação do assistencialismo social à pessoas em vulnerabilidade.

Miranda afirmou que não teria assinado o requerimento se soubesse que o trabalho do religioso seria alvo da investigação.

CPI contra ONGs: Thammy Miranda diz que foi vítima de Fake News pois não constava nome do padre Júlio Lancellotti em documento de petição para investigar ONGs que atuam na Cracolândia, em SP.

“Em nenhum momento foi citado o nome do padre no requerimento, se tivesse jamais teria assinado porque defendo o trabalho dele. O padre está lá para ajudar as pessoas, nós estamos do mesmo lado. O que está acontecendo é uma grande fake news. O vereador (Rubinho Nunes) está fazendo campanha política em cima”, declarou Thammy Miranda.

O vereador destacou que a ausência do nome do padre no requerimento foi crucial para sua decisão de apoiar a CPI à época em que assinou o documento. Ele elogiou o trabalho de Lancellotti e expressou sua expectativa de contar com o apoio do religioso na recuperação humanitária da região central de São Paulo, sobretudo às pesoas que formam a Cracolândia.

“Acredito que 90% dos vereadores que assinaram não são contra o padre, assinaram com a intenção de proteger os usuários e as pessoas que moram em torno. Nossa intenção é proteger e contar com a ajuda do padre”, ressaltou Thammy Miranda.

A CPI PARA INVESTIGAR AS ONGs

A CPI contra as ONGs foi proposta pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil) e tem como alvo o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto (Bompar) e o coletivo Craco Resiste, entidades que atuam com a população de rua e dependentes químicos na região central de São Paulo. Nunes acusa o padre Júlio Lancellotti de realizar parcerias com essas entidades, alegando uma suposta “máfia da miséria”, recebendo verbas da prefeitura para o assistencialismo.

Padre Júlio Lancellotti, por sua vez, negou qualquer relação com as entidades em suas redes sociais, esclarecendo que sua atuação é uma ação pastoral da Arquidiocese de São Paulo, sem vínculo com as atividades mencionadas na CPI.

*Feito com informações de O Globo.