Entre os dias 6 e 8 de dezembro, Belém recebe o CriptoCuia, um evento cultural gratuito que propõe um encontro entre cultura digital, direitos digitais, justiça ambiental e as tradições culturais amazônicas. Com atividades que incluem debates, oficinas, exibições artísticas e shows, o evento é uma oportunidade única para explorar como a tecnologia pode fortalecer lutas territoriais e culturais na Amazônia.
A programação será híbrida:
- 6 de dezembro: Atividades online transmitidas pelo canal oficial do CriptoCuia no YouTube.
- 7 e 8 de dezembro: Programação presencial na Usina da Paz Jurunas/Condor, em Belém.
Um diálogo entre o digital e o ancestral
Inspirado pelas Criptofestas globais, o CriptoCuia traz uma abordagem única para conectar tecnologia e cultura popular. O objetivo é promover debates sobre segurança digital, justiça climática e direitos humanos, sempre com um olhar voltado para a identidade amazônica.
“A CriptoCuia é um espaço para debater o futuro com base nas perspectivas amazônicas, construindo diálogos seguros e acessíveis sobre clima, tecnologia e cultura. A diversidade cultural da região é central para essas discussões”, explica Paula Amaral, coordenadora do evento.
Além dos debates, a programação cultural destacará ritmos regionais como Carimbó, Guitarrada e Tecnobrega, mostrando como essas tradições dialogam com temas contemporâneos e tecnológicos.
Trilhas temáticas unem cultura e tecnologia
O CriptoCuia organiza suas atividades em três trilhas principais, que abordam diferentes conexões entre tecnologia e manifestações culturais amazônicas:
Trilha Carimbó: Conectividade significativa e tecnologias ancestrais
- Reflexões sobre a infraestrutura digital na Amazônia e o impacto do “deserto de notícias”.
- Discussões sobre tecnologias ancestrais como inspiração para soluções inovadoras.
- O Carimbó, patrimônio cultural do Brasil, é a base para debates sobre sustentabilidade e resistência comunitária.
Trilha Guitarrada: Governança da internet e direitos humanos
- Enfoque na criptografia, segurança digital e liberdade de expressão.
- A Guitarrada, um gênero musical nascido no Pará, inspira conexões entre inovação digital e criatividade cultural.
Trilha Tecnobrega: Racismo digital e colonialismo de dados
- Questionamentos sobre o papel das grandes empresas de tecnologia na perpetuação de desigualdades.
- Debates sobre inclusão tecnológica e justiça digital, com o Tecnobrega como símbolo de resistência cultural periférica.
Programação cultural diversificada
Além dos debates e oficinas, o evento contará com:
- Mostra de filmes, performances e intervenções artísticas.
- Feira de empreendedores com 20 participantes das periferias de Belém.
- Shows e apresentações com artistas como Guitarrada das Manas, Melissandra, DJ Walbster e o trio Black Trindade (MCs Super Shock, Sumano e Moraes MV).
Parcerias e apoio
O CriptoCuia é uma realização da Na Cuia Produtora Cultural, selecionada pelo edital de Múltiplas Linguagens da Lei Paulo Gustavo, com apoio da FUMBEL, Prefeitura de Belém, Ministério da Cultura, Sebrae Pará, e parcerias com diversas instituições como Palmares Laboratório-Ação e Observatório das Baixadas.
Serviço: CriptoCuia
- Data:
- 6 de dezembro: Atividades online (YouTube)
- 7 e 8 de dezembro: Programação presencial
- Local: Usina da Paz Jurunas/Condor (Passagem Motorizada, 5 – Condor, Belém – PA)
- Entrada: Gratuita
- Informações completas: Acesse criptocuia.org ou @criptocuia nas redes sociais.
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