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Delegada descarta homofobia em caso de jovem morto após marcar encontro por aplicativo

Delegada descarta homofobia em caso de jovem morto após marcar encontro por aplicativo

A delegada Ivalda Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou, nesta segunda-feira, 17, que até o momento não há indícios de que a morte de Leonardo Rodrigues Nunes, de 24 anos, tenha sido motivada por homofobia.

Na última quarta-feira, 12, na Vila Natália, Zona Sul de São Paulo, o jovem foi assassinado após marcar um encontro pelo aplicativo de relacionamento gay Hornet. Ao chegar no local combinado, Leonardo Rodrigues Nunes, de 24 anos, foi abordado por dois homens em uma moto.

De acordo com a delegada Ivalda, a vítima reagiu ao assalto e acabou sendo baleada. A Polícia Civil, analisando a dinâmica do crime, suspeita que se trata de um “golpe do amor”, em que criminosos utilizam sites ou aplicativos de relacionamento, fingindo ser outra pessoa, para marcar encontros falsos com o intuito de roubar as vítimas.

Delegada descarta homofobia em caso de jovem morto após marcar encontro por aplicativo
Delegada descarta homofobia. Leonardo tinha 24 anos. Foto: Arquivo Pessoal

Os investigadores também visitaram a residência de Leonardo, onde apreenderam seu notebook e um segundo celular na tentativa de encontrar alguma comunicação com os suspeitos.

Além disso, a polícia está em busca de imagens de câmeras de segurança desde a região do Cambuci, onde Leonardo morava, até o Sacomã, local do crime, para determinar o momento em que os criminosos na moto surgiram.

Família e amigos apontam crime de ódio

Para familiares e amigos, a morte de Leonardo foi motivada por homofobia. “Se fosse roubo, bastava roubar. Nada disso vale uma vida,” afirma Evelyn Andrade, amiga de Leonardo.

Delegada descarta homofobia em caso de jovem morto após marcar encontro por aplicativo
Mãe de Leonardo acredita que crime foi motivado por homofobia. Delegada descarta. Foto: Reprodução/ Redes Sociais

“Ele morreu porque era gay. Estamos vivendo em um mundo cheio de ódio, mas é um ódio direcionado. Você não vê ódio contra heterossexuais, brancos ou ricos. O ódio é contra negros, pobres e gays,” declara o pai da vítima.

“Isso não pode continuar. Hoje foi meu filho, amanhã será o filho de quem? Quantos mais Leos precisaremos perder?” questiona a mãe do rapaz.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que Leonardo foi baleado e levado ao pronto-socorro do Hospital Ipiranga, onde veio a falecer. “Foram solicitados exames ao Instituto de Criminalística (IC) e ao Instituto Médico Legal (IML).”

*Com informações do g1