A demora para conseguir votar é motivo de reclamação de eleitores em várias zonas da Região Metropolitana de Belém. O BT recebeu denúncias dos bairros do Marco, Satélite, Pedreira e Castanheira até o início desta tarde.
Na escola Paulino de Brito, no bairro do Marco, o tempo de espera na fila chega a 3 horas. “Muito complicado cara. Cheguei na minha sessão às 10h30, entrei na fila. Porém, só fui entrar na sala para votar às 12h30. Não sei o motivo, mas acumularam duas zonas na mesma sala, aí a fila ficou gigantesca. Isso é falta de organização do TRE. É falta de respeito com o eleitor”, disse Roberto Almeida.
Há relatos de pessoas que esperaram por mais de três horas. “Eu cheguei aqui às 9h30 da manhã e só consegui votar às 13h. Muita desorganização e falta de respeito. Acumularam duas zonas na mesma sala, a 76 e 77. Aí ficou cheio”, relatou o eleitor Flávio Rodrigues.
No Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, também são recorrentes os relatos de agrupamento de zonas na mesma sessão eleitoral.
Na Escola 15 de Agosto, no bairro da Pedreira, idosos reclamam que o grupo não estava tendo a prioridade respeitada e muitos jovens estavam passando na frente. Uma jovem passou mal no local e chegou a desmaiar. Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamada.
Na escola Dona Helena Guilhon, no Satélite, o cansaço deixa os eleitores impacientes. O tempo de espera chega a 4 horas no local.
Outra reclamação é sobre o serviço de biometria. Em algumas sessões, o equipamento apresentou falhas e demorou a reconhecer a digital dos eleitores.
Na sede do Ministério da Agricultura e Abastecimento, no bairro Castanheira, as denúncias são de desorganização nas filas e espera de cerca de 3 horas para votar. A situação de unir duas sessões em uma também estaria ocorrendo.
O BT solicitou um posicionamento ao Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) sobre as reclamações. Sobre a situação da biometria, o TRE-PA disse que “as digitais de idosos e trabalhadores rurais, por exemplo, podem ficar desgastadas com o tempo e dificultar o reconhecimento na hora de usar a biometria. Nesses casos, o eleitor tem 4 chances de votar usando a biometria, se mesmo assim não der certo, ele vota da forma tradicional e assina o caderno de votação”.
O TRE Pará reforçou que as eleitoras e eleitores do estado podem ligar para o Disque Eleitor no número 148 para receber orientações e tirar dúvidas sobre o pleito. A ligação é de graça.