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Dengue: OMS vê situação ‘alarmante’ no Brasil e recomenda uso de repelente

A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirma que a situação da dengue no Brasil é “alarmante” e recomenda que as pessoas que planejam passar o Carnaval nos próximos dias usem repelentes para evitar a picada do mosquito, vetor da doença.

“Encorajamos as pessoas envolvidas no Carnaval a usar repelentes e se proteger. Aqueles que possam se cobrir com mangas largas, ainda melhor”, disse.

Em visita ao Brasil, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta quarta-feira (7) que o surto de dengue registrado no país faz parte de um grande aumento de casos da doença em escala global. 

Nas primeiras quatro semanas do ano, a OMS estima que 500 mil casos da dengue foram registrados no mundo. 262 mil deles apenas no Brasil, o líder, e 373 mil nas Américas.

A recomendação da OMS é para que a vacinação ocorra entre as crianças de seis a 16 anos de idade, em regiões de alta transmissão. Mas a esperança da agências é de que duas novas vacinas possam avançar em sua certificação até o final do ano. Uma delas seria do Instituto Butantã, enquanto a segunda é de uma empresa asiática que, neste momento, realiza testes na Índia.

Existe, porém, uma séria dificuldade na produção da vacina. O primeiro imunizante a ser produzido foi da empresa francesa Sanofi. Mas, segundo o especialista da OMS, sua eficiência “limitada” de garantir proteção levou a empresa a não aumentar sua produção.

Velayudhan afirma que a entidade aguarda um contato da entidade brasileira para receber os resultados finais dos testes realizados com a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantã. “Temos entendido que os resultados são positivos”, disse.

“Esperamos uma ou duas novas vacinas até o final do ano”, afirmou.

Segundo ele, o desafio nos últimos 50 anos tem sido o fato de que existem quatro padrões diferentes de dengue e que cada uma das vacinas seria destinada para uma delas. “É como se precisássemos de uma chave para abrir quatro cadeados diferentes. Esse é o desafio”, lamentou.