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Deputado propõe na Alepa discussão sobre altos preços do açaí e prejuízos a batedores do fruto

Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Alepa marcou uma reunião para debater sobre a atual "crise do açaí" em Belém.

O deputado estadual Erick Monteiro, líder da Federação PSDB/Cidadania na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), propôs a retomada do debate na Casa, sobre as empresas que atuam na compra e exportação do açaí para o mercado internacional, o que vem prejudicando o consumidor e os batedores do fruto.

“Inadmissível o que está acontecendo com o preço do Açaí em nosso estado. O Pará é o maior produtor nacional da fruta, e mesmo assim os preços que vem sendo repassados aos batedores locais continuam subindo, prejudicando a renda de famílias e ainda tornando o consumo cada vez menos acessível. É preciso investigar as ações da empresa Bertolini e os impactos que isso vem causando na disponibilidade de açaí aos produtores locais”, afirmou o deputado.

Os deputados estudam alternativas para garantir o alimento tradicional do paraense pelo preço justo e contam para isso com a ajuda do Governo do Estado, que já se manifestou publicamente sobre a crise e prometeu intervir.

O Estado do Pará é o maior produtor nacional de açaí, com um volume anual de 1.389.000 toneladas de frutos e área plantada (Açaí de Terra Firme + Açaí manejado em várzeas) superior a 212 mil hectares (IBGE- PAM, 2020).

Erick Monteiro usa a tribuna para discutir sobre a comercialização do açaí no Pará. Imagem reprodução: Alepa.

A região norte responde por 92,1% da produção total do fruto de açaí no país. Os frutos que são colhidos para abastecer Belém não são mais originais do Pará e Marajó, mas de Macapá, o que justifica o aumento do preço da saca, que chegou a ser vendida no Ver-o-Peso por até R$ 1 mil reais. Em áreas de periferia, o litro do chamado açaí popular está na faixa de 25 a 30 reais.

O deputado Carlos Bordalo apresentou Moção solicitando ao governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade – SEMAS, do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará – IDEFLOR-BIO e do Ministério Público Estadual, que suspenda a atividade de venda do açaí em embarcações, até que sejam realizados estudos que comprovem, de fato, a viabilidade econômica e a responsabilidade ambiental e social de uma indústria flutuante de beneficiamento de açaí (balsa-indústria), que está operando de forma itinerante em regiões do Estado.