A Floresta Amazônica terminou 2024 com o segundo ano consecutivo de queda no desmatamento, segundo dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto de Pesquisa Imazon, publicados nesta sexta-feira, 24.
Após cinco anos seguidos de recordes negativos, o desmatamento registrado em 2024 foi 65% menor do que em 2022, quando 10.362 km² de floresta foram derrubados. De janeiro a dezembro foram derrubados 3.739 km² de arvóres, totalizando 7% a menos do que no mesmo período de 2023, quando a devastação atingiu 4.030 km².
No entanto, apesar da queda expressiva, a área desmatada no ano passado ainda equivale a mais de mil campos de futebol por dia.
Pará foi estado mais afetado pelo desmatamento em 2024
O Pará foi o estado com o maior índice de desmatamento em 2024, marcando o nono ano consecutivo nesse ranking. O território indígena Cachoeira Seca, localizado nos municípios de Altamira, Placas e Uruará, perdeu 14 km² de floresta em 2024, o que representa uma área 56% maior do que a derrubada no ano anterior, que foi de 9 km². Esse aumento é um alerta para a persistente pressão sobre as áreas mais vulneráveis da Amazônia.
“Neste início de 2025, indicamos que os gestores aproveitem a época de chuvas, chamada de ‘inverno amazônico’, para organizar o fortalecimento das ações de proteção da Amazônia, já que a tendência é que o desmatamento retorne assim que as chuvas reduzem. Além de medidas de fiscalização e de punição aos desmatadores ilegais, é essencial destinar as terras públicas que ainda não possuem um uso definido para a conservação, medida de combate à grilagem”, afirmou o pesquisador Carlos Souza, coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia do Imazon
*Com fontes do Site do Imazon
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