Na manhã deste sábado, 12, devotos de Nossa Senhora de Nazaré que iriam acompanhar o Círio Fluvial em um Ferryboat, oferecido pela empresa Por Onde Flor, que disponibilizou um pacote com café da manhã, banda, apresentações culturais e sorteio de brindes, mas nem todos que pagaram pela experiência tiveram a oportunidade de vivenciar.
De acordo com informações dos denuciantes, o número de ingressos vendidos não foi compatível com o número de pessoas dentro do Ferryboat.
“Comprei cinco ingressos para acompanhar o Círio Fluvial com a minha família hoje, mas não conseguimos entrar. Venderam a mais do que o permitido e agora não estão deixando mais entrar. Foi muita confusão, teve polícia. A tripulação da Marinha autorizou todas as pessoas que lá estavam, mas o comandante da embarcação não quis levar todos. Algumas fizeram boletim na polícia, e vão para a Justiça”, conta uma pessoas que teve prejuízos.
A mulher pagou R$ 1.500,sendo cada um R$ 260, e teve o desejo de acompanhar o Círio frustrado.
“Não vamos acompanhar (o Círio Fluvial), eu chorei muito porque era o meu primeiro Círio, estava muito empolgada”, relata com tristeza.
O programa planejado pela Por Onde Flor, divulgado aos compradores, detalha o local de embarque no Porto Ver-o-Rio, na avenida Marechal Hermes, com os embarques iniciando às 5h45, e saída às 7h. Os participantes tiveram de apresentar cartão de embarque preenchido e recebiam orientações no local.
Por sua vez, a empresa disse que alugou o Ferryboat com a empresa chamada Leão do Marajó, recebendo a informação de que teria capacidade para levar 500 pessoas na viagem, mas na hora de embarcar os participantes, mesmo com a autorização da Capitania dos Portos, da Marinha, o comandante do Ferryboat Leão do Marajó, não quis pagar uma multa referente ao transporte, e por isso, não foi possível embarcar todos.
“Informa que a empresa de navegação contratada para o aluguel da FerryBoat, se compromissou em prestar o serviço para 500 pessoas, dessa forma foram vendidos 470 ingressos e 30 pessoas faziam parte da equipe de trabalho. No momento do embarque o Comandante da própria empresa, responsável por conduzir a embarcação, não autorizou a entrada de todos os passageiros. A Capitania dos Portos tinha representante no local, o qual autorizou a saída segura da embarcação. 70 passageiros não embarcaram, e estamos disponíveis para dialogar com todos respeitosamente, e fazer a devolução do dinheiro de forma imediata” diz parte da empresa Por Onde Flor.
O BT também pediu um posicionamento à Capitania dos Portos, e aguarda retorno. O espaço está aberto. Também pedimos um posicionamento à Polícia Civil.
Confira a nota completa da empresa:
“A empresa Por Onde Flor se entristece com todos os Romeiros que não conseguiram embarcar no Círio Fluvial organizado pela empresa. E informa que a empresa de navegação contratada para o aluguel da FerryBoat, se compromissou em prestar o serviço para 500 pessoas, dessa forma foram vendidos 470 ingressos e 30 pessoas faziam parte da equipe de trabalho. No momento do embarque o Comandante da própria empresa, responsável por conduzir a embarcação, não autorizou a entrada de todos os passageiros. A Capitania dos Portos tinha representante no local, o qual autorizou a saída segura da embarcação. 70 passageiros não embarcaram, e estamos disponíveis para dialogar com todos respeitosamente, e fazer a devolução do dinheiro de forma imediata. Sabemos que não temos como reparar o emocional e pedimos desculpas pelo ocorrido. A intenção da Por Onde Flor para o Círio 2024 sempre foi promover a devoção a Nossa Senhora de Nazaré, a cultura paraense e a arte da Amazônia por meio do evento, permitindo viver uma experiência única de fé e cultura”