A história da música foi escrita com diversos personagens ao longo dos anos e, por isso, não é possível pensar nela sem pontuar como a contribuição feminina foi fundamental para a transformação dessa forma artística, seja na indústria fonográfica ou construção da estética musical de diversos estilos.
A presença feminina também se confunde à história das lutas por direitos de mulheres, seja na conquista por espaços de fala ou na busca por reconhecimento profissional. Pensando nisso, a equipe do BT reuniu uma lista de sete mulheres que mudaram os rumos da história da música. Confira!
Nina Simone
Eunice Kathleen Waymon (1933-2003) ficou conhecida como Nina Simone após ganhar espaço como pianista e cantora na década de 60, além de lutar, também por meio da arte, pelos direitos civis da população negra norte-americana. Expoente do jazz, Nina afirmava que era “uma obrigação artística representar o meu tempo”, por isso nunca separou a obra de seus ideais, fato que a fez ser deixada de lado por gravadoras e até por parte de público, mas nunca saiu do imaginário da black music americana.
Whitney Houston
Whitney Elizabeth Houston (1963 – 2012) foi a cantora e empresária da música mais premiada da história, com um total de 400 prêmios conquistados, além de mais de 300 milhões de discos vendidos em todo mundo. Um exemplo de mulher de negócios, foi um dos rostos dos anos 80 e 90 na música mundial e sua voz é reconhecida como uma das mais potentes do showbiz. Whitney ganhou uma cinebiografia em 2022 com o título “I Wanna Dance With Somebody – A História de Whitney Houston”.
Madonna
Conhecida como a Rainha do Pop, Madonna Louise Veronica Ciccone estourou a partir dos anos 80 com músicas dançantes e enfrentando estruturas machistas na cultura da época, por abordar mais abertamente a sensualidade feminina no meio mainstream. Até hoje ela já ultrapassou os 300 milhões de discos vendidos no mundo e revolucionou a estética de cantoras com sua personalidade única, além de influenciar novas vozes como Christina Aguilera e Lady Gaga.
Elza Soares
Elza Gomes da Conceição (1930 – 2022) venceu a fome com a arte e foi um dos rostos da luta anti-racista até os últimos dias de vida, com uma infância muito conturbada foi obrigada pelo seu pai a se casar com 12 anos e aos 13 teve seu primeiro filho. Sempre se reinventando na musica o ícone da musica popular brasileira recebeu em Londres o prêmio de Melhor Cantora do Universo, pela BBC, chegou a ultrapassar mais de 400 mil reproduções nas plataformas digitais e teve seu último show foi no festival Psica, em Belém.
Cássia Eller
Cássia Rejane Eller (1962 – 2001) foi um dos grandes nomes do Rock no Brasil, quando jovem viveu por muitos lugares do país, pois seu pai que era do exercito era obrigado a se deslocar de quartel em quartel. A cantora, assumidamente bissexual, emplacou seus sucessos como ” O segundo Sol”, “Palavra ao Vento” e “Malandragem” com uma voz rouca diferente das habituais da época, além de falar abertamente sobre sua vida e seu relacionamento com Maria Eugênia que viria a ter a guarda de Francisco, filho de Cássia, após a sua morte e um longo embate na justiça.
Elis Regina
Elis Regina de Carvalho Costa (1945 – 1982) foi um dos grandes marcos na música Brasileira contra a censura no período de Ditadura Militar, a cantora era reconhecida internacionalmente não só pelo MPB mas também outros estilos como Jazz, Rock, Bossa Nova e Samba. Com músicas eternizadas em sua voz como Águas de Março e Casa no Campo o país sofreu a morte precoce da cantora que recebeu uma cinebiografia contando e homenageando sua vida.
Sister Rosetta Tharpe
Rosetta Nubin (1915 – 1973) foi uma cantora gospel que influenciada pelo Jazz e Blues transformou suas musicas em Rock’N’Roll com a uma mistura única de letras gospel e violão elétrico com o ritmo ainda incipiente na época. Conhecida como a mãe do Rock a musicista foi a principal inspiração para nomes como Elvis Presley, B.B King e Bob Dylan que fizeram sucesso usando a musicista de inspiração.
