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Dia Nacional da Pessoa com Surdocegueira é criado no Brasil

A data será comemorada no dia 12 de novembro, segundo publicação feita no Diário Oficial da União nesta quarta-feira, 21

Com informações de Agência Brasil*

Foi publicada, nesta quarta-feira, 21 de junho, a lei que cria o Dia nacional da pessoa com surdocegueira. O objetivo da criação da data, que será comemorada no dia 12 de novembro, é conscientizar a população brasileira sobre as necessidades específicas de organização e de políticas públicas para a inclusão social, combate ao preconceito e discriminação dessa parte da população.

Foi publicada hoje a lei que cria o Dia Nacional da Pessoa com Surdocegueira, no Brasil — Foto: Reprodução

Com base no Censo de 2010, a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis) estima que o país tenha cerca de 40 mil pessoas com diferentes graus de surdocegueira, que pode ser congênita, desde o nascimento; ou adquirida, quando os sentidos da visão e da audição são afetados ao longo da vida.

Segundo a coordenadora social da Feneis, Laís Drumond, a nova lei traz o ponto de vista da população surdocega.  Para ela, a população surdocega tem uma identidade única e precisa de maior inclusão social.

“Nós, das comunidades de pessoas com deficiência, precisamos ajudar a incentivar essa população com surdocegueira a se reunir em torno dessa identidade. Além disso é necessário facilitar a comunicação por meio da Língua Brasileira de Sinais tátil”, disse.

Com base no Censo de 2010, estima-se que, no Brasil, tenham cerca de 40 mil pessoas com diferentes graus de surdocegueira — Foto: Reprodução

À Agência Brasil, Laís disse acreditar que os brasileiros não acessam informações sobre a comunidade surdocega, uma população pequena e quase invisibilizada. Por isso, é necessário aumentar o acesso às informações sobre direitos desse segmento, doenças que podem causar surdocegueira, orientações sobre saúde e acesso aos serviços.

“Como a comunidade surda tem consciência de que é preciso acompanhar e gerar mais oportunidade de emprego, nós damos esse suporte e geramos essa comunicação entre as comunidades”, explica.

Ela diz ainda que a garantia do direito livre do surdocego passa também pelo desenvolvimento de comunicações táteis, que é como essa população acessa o mundo, além de uma boa capacitação de profissionais de apoio, como guias, cuidadores e familiares.