Nesta semana, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden esteve em Israel, ambos os países possuem relações cooperativas e os americanos prometeram ajudas para os israelenses que estão há mais de uma semana em conflito violento contra os terroristas do grupo Hamas na Faixa de Gaza. As mortes entre palestinos e israelenses já passa de 5 mil.
Na última quarta,18, em visita de cerca de sete horas do presidente americano em Tel Aviv, um hospital foi bombardeado e provocou 500 mortes em uma tragédia que cresce a cada dia. Biden isentou os israelenses de responsabilidade pelo massacre, garantiu que “não estão sozinhos”, prometeu ficar ao lado deles na defesa da liberdade e da justiça, e fez uma advertência ao premiê: “Enquanto vocês sentirem essa raiva, não se deixem consumir por ela”.
“Depois do 11 de Setembro, ficamos furiosos nos Estados Unidos. E embora buscássemos justiça, e a obtivemos, também cometemos erros”, reconheceu. O norte-americano pediu a Netanyahu a aceitação da entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. No fim da noite (hora local), o Egito autorizou a entrada de 20 caminhões com suprimentos no enclave por meio da passagem de Rafah, que permanecia fechada, e anunciou a implementação de um “corredor sustentável” de ajuda.
“O presidente egípcio, Abdel Fatah al Sissi, e o presidente americano, Joe Biden, fecharam um acordo para fornecer ajuda à Faixa de Gaza por meio do terminal de Rafah de forma sustentável”, disse, por meio de nota, o porta-voz da Presidência egípcia, Ahmed Fahmy, sem informar datas.
Mais cedo, o gabinete de Netanyahu tinha alertado que não autorizaria assistência humanitária a Gaza, a partir de seu território, enquanto os 199 reféns do grupo terrorista palestino não forem libertados.
“À luz do pedido do presidente Biden, Israel não impedirá assistência humanitária do Egito, desde que seja apenas comida, água e medicamentos para a população civil localizada no sul da Faixa de Gaza ou que esteja se deslocando para lá, e desde que esses suprimentos não alcancem o Hamas”, afirmou, por meio de um comunicado à imprensa.
Na madrugada desta quinta-feira,19, o Exército israelense voltou a atacar posições da milícia xiita Hezbollah, no sul do Líbano.
Em um pronunciamento após a visita de Biden, Netanyahu disse que recebeu ajuda militar “sem precedentes dos EUA. Segundo ele, ajuda inclui “assistência que reforce ainda mais as nossas capacidades de guerra”.
O Hamas acusa Israel pelo ataque ao hospital e usa o termo “genocídio”. O país nega e atribui o bombardeio ao grupo Jihad Islâmica. O grupo, por sua vez, recusa veementemente a autoria do atentado, chama a acusação de “mentira” e diz que Israel tenta “encobrir o massacre que cometeram contra civis”.
Apesar do anúncio de ajuda humanitária, o porta-voz do Egito afirmou que é perigoso o envio de ajuda humanitária pois a região da Passagem de Rafah é castigada com bombardeios e precisa passar por reparos.