Desde o anúncio, em maio deste ano, de que Belém, capital do Pará, é o palco escolhido para receber a sociedade global para falar e construir soluções e acordos para o meio ambiente, para a vida sustentável, e sobretudo, para a Amazônia e os povos e comunidades que vivem nela, a cidade ganhou um novo olhar: o olhar do mundo inteiro.
Nesse sentido, em conversa exclusiva com o BT Amazônia, a atriz de sucesso e natural de Abaetetuba, no Pará, Dira Paes, comentou essa questão, de Belém ser sede da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30), em novembro de 2025.
“Belém vai se tornar o centro da discussão sobre o mundo, sobre o futuro que já é presente, sobre o futuro que já chegou para regulamentarmos a questão climática, ambiental e sustentável desse planeta. Temos que aproveitar esse momento para discutirmos as nossas mazelas também”, sintetizou a atriz paraense.
Em grande fase profissional e obtendo reconhecimento a nível nacional, na noite da última quarta, 23, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, Dira ganhou o prêmio de melhor atriz estrelando uma mãe que segue até o fim para encontrar e salvar o filho, no filme brasileiro ‘Pureza’, na 22° edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Emocionada, ela falou sobre o seu amor pelo cinema e se ajoelhou.
“Mas eu quero dedicar de verdade (o prêmio) a essa energia maravilhosa que é esse cinema – eu sou louca por cinema, mas eu sou muito mais louca pelo cinema brasileiro. Pela cota de tela, direito autoral não é favor! Muito obrigada, gente, por esse premio inesquecível na minha vida!”, disse.
Além de Pureza, Paes também venceu pela produção ‘Manhãs de Setembro’, série do Prime Video que levou a estatueta da principal categoria de TV (Melhor Série Brasileira de Ficção).
OPORTUNIDADE ÚNICA
Questionada sobre o momento de Belém no cenário internacional de diálogos acerca da Amazônia, Dira, destacou que é uma oportunidade única para a capital paraense e uma mudança de realidade para o bioma.
“É uma oportunidade única pra nós (planeta) nos reunirmos com o mundo e chamarmos atenção pela particularidade da Amazônia. Não existe outro lugar no planeta como a Amazônia, e nós precisamos desenvolver um pensamento sustentável, tanto para os novos tempos, quanto para o conceito extrativista, que a Amazônia tem sofrida há muito tempo. Acho que esse desenvolvimento sustentável é o futuro que já chegou e nós não podemos ficar de braços cruzados. A Amazônia precisa ser tratada como uma das riquezas do mundo, e por isso, nós vamos ter esse papel dessa capital, que é Belém, de receber essa COP30, como um papel fundamental pra gente repensar nossas atividades amazônicas”, ponderou a artista.
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