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Diversidade: MEC planeja livros didáticos com mais crianças negras em conteúdos

Um dos principais pontos é incluir conteúdo com representatividade para crianças negras na lista de obras didáticas e literárias distribuídas às escolas

O Ministério da Educação (MEC) está trabalhando na revisão do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) com o objetivo de aumentar a diversidade dos conteúdos. Uma das propostas é a inclusão de mais crianças negras nos livros didáticos e literários que são distribuídos às escolas.

A última alteração do programa foi realizada em 2021, durante o mandato de Jair Bolsonaro. Agora, a versão está sendo revisada por um grupo coordenado pela secretária de Alfabetização e Inclusão do MEC, Zara Figueiredo.

Em fevereiro deste ano, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, fez um apelo ao MEC para que o programa inclua mais diversidade. Em resposta, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que será criado um grupo de trabalho para repensar o material didático e incluir representatividade das crianças negras.

O último edital do programa de livros didáticos, publicado em 2021 sob Bolsonaro, recebeu duras críticas de educadores e entidades do setor por ter excluído temas relacionados ao respeito à diversidade. Em contrapartida, o objetivo agora é incluir conteúdos mais diversos nas leituras obrigatórias da rede pública já no próximo ano.

O PNLD, que fica dentro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), é responsável pela distribuição de cerca de 170 milhões de exemplares para mais de 140 mil escolas públicas. Ele realiza a compra de livros didáticos em ciclos de quatro anos para cada uma das etapas de escolarização. São adquiridos livros para trabalhar “Projeto de Vida”; obras didáticas por área do conhecimento (Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas); livros de formação continuada; obras literárias e conteúdos de recursos digitais.

Com informações O GLOBO*