A família da DJ germano-israelense Shani Louk comunicou que a moça de 22 anos está morta. Ela foi sequestrada por terroristas do Hamas em 7 de outubro, na festa rave Universo Paralelo, e também havia sido reconhecida por familiares em um vídeo onde aparece seminua em uma caminhonete com vários membros do grupo extremista.
Durante mais de três semanas, a família vinha apelando ao governo alemão que ajudasse no resgate da DJ. Contudo, a mãe e a irmã de Louk anunciaram que a jovem havia perdido a vida.
“Infelizmente recebemos ontem a notícia de que minha filha não está mais viva”, disse a mãe de Shani, Ricarda Louk, à RTL/ntv.
A irmã da jovem, Adi Louk, anunciou a perda da parente com uma postagem nas redes sociais. “Anuncio com grande tristeza a morte de minha irmã”, destacou Adi, sem detalhar as circunstâncias em que o falecimento foi confirmado nem o paradeiro do corpo de Shani.
FALTA DE APOIO
Em entrevista ao programa alemão ZDF heute, a tia de Shani, Orly Louk, e o seu tio Wilfried Gehr criticaram Berlim por supostamente ignorar os contatos de parentes da jovem de 22 anos.
“Estamos inquietos e totalmente decepcionados porque o governo federal não se sente responsável. Um [funcionário] do Ministério das Relações Exteriores disse que não tem tempo porque precisa remarcar voos. Isso me deixa com muita raiva”, afirmou Orly Louk.
Shani tinha passaporte alemão, mas cresceu em Israel. Ela foi uma das centenas de participantes feridas por terroristas do Hamas durante um festival perto da Faixa de Gaza. Um vídeo em que ela aparece de bruços, aparentemente desacordada, na caçamba de uma caminhonete dos extremistas rodou o mundo.
Dias após o sumiço da filha, Ricarda Louk afirmou ao jornal alemão Bild que recebeu notícias de que a jovem de 22 anos resistira aos ferimentos, mas estava gravemente ferida.
“Agora temos evidências de que Shani está viva, mas tem um grave ferimento na cabeça e está em estado crítico. Cada minuto é importante. Vocês têm que agir rápido e resgatar Shani da Faixa de Gaza! Não deveríamos discutir sobre questões de jurisdição agora”, afirmou Ricarda, na ocasião.
A mãe de Shani havia confirmado, anteriormente, que era sua filha quem aparecia nas imagens que circularam nas redes sociais por meio das tatuagens e dos dreads no cabelo da mulher.
Parentes da jovem destacaram à mídia internacional que ela “era pacifista” e conhecida por seu envolvimento na organização de festivais de música.
A artista tem foi criada em Israel, onde o alistamento militar é obrigatório. Tia de Shani, Orly Louk destacou ao diário alemão “Der Spiegel” que a sobrinha se recusou a servir ao Exército israelense “por conta de suas opiniões” em defesa da paz.
Shani Louk participava de um festival perto da Faixa de Gaza quando extremistas do Hamas invadiram territórios israelenses. Após a ofensiva, pelo menos 260 corpos no local onde ocorreu a edição israelense da rave, segundo a organização de resgate Zaka.
Ao ver as primeiras notícias sobre o ataque, Ricarda diz ter telefonado “desesperadamente” para garantir que sua filha estava num local seguro.
A preocupação da família aumentou com o vídeo da artista na caçamba da caminhonete. De acordo com Ricarda, depois de levarem Shani para a Faixa de Gaza, os homens ainda tentaram, por várias vezes, usar o cartão de crédito dela.
*Feito com informações de O Globo.