A plataforma Globoplay estreia nesta quinta-feira, 26, a série documental Boate Kiss – A Tragédia de Santa Maria, que acompanha a luta por Justiça dos sobreviventes e dos pais das vítimas do incêndio na Boate Kiss que aconteceu há 10 anos e deixou 242 mortos e feridos na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013.
Serão cinco episódios nos quais a produção refaz a sucessão de acontecimentos que levaram à morte das vítimas e mostra detalhes do processo judicial que busca condenar os responsáveis pela tragedia. A série é dirigida e apresentada pelo repórter Marcelo Canellas, da TV Globo, que passou a infância e a adolescência em Santa Maria, no Rio Grande Sul, tendo se formado na mesma universidade federal onde boa parte das vítimas estudava.
O repórter conta que a ideia inicial era contar a história da Boate Kiss, tendo o julgamento como pano de fundo e apresentar o desfecho do julgamento. A revolta veio quando o julgamento foi anulado: “É uma história de luta de um grupo de mães, pais e sobreviventes por Justiça. E como esse sofrimento ficou sendo remoído ao longo do tempo e retornando como se fosse algo sem fim”, contou o repórter em comunicado oficial.
IMAGENS INÉDITAS DO CASO:
A série do Globoplay traz imagens inéditas do incêndio e depoimentos de testemunhas que presenciaram a tragédia. A equipe ainda acompanhou todo o julgamento que levou os réus à prisão, mas acabou sendo anulado oito meses depois. “Eu vejo o que aconteceu em Santa Maria como uma grande alegoria do Brasil. De como o nosso país – seja nos meandros das instâncias judiciais, seja na forma como a sociedade reage – lida com uma tragédia dessa dimensão. Essas famílias merecem que suas histórias não sejam esquecidas. É uma série de alta voltagem emocional. E, apesar de ser um caso super conhecido, tenho certeza de que vamos surpreender com coisas que não foram ditas e mostradas até hoje”, declarou Canellas.
SERIE FICCIONAL DA NETFLIX SOBRE O CASO:
Nesta quarta-feira, 25, estreia no Netflix a minissérie “Todo dia a mesma noite” que também fala sobre o incêndio.
A produção é adaptada de um livro de mesmo nome da jornalista Daniela Arbex. O livro foca nas histórias dos sobreviventes do incêndio e dos familiares dos jovens mortos. Já a série, que é ficcional, é baseada nos acontecimentos da tragédia e reproduz diferentes momentos da noite em que o caso aconteceu e mostrará a luta dos parentes das vítimas e dos sobreviventes por justiça apontando as irregularidades do local que levaram ao incêndio.
Com informações do site Omelete