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Seringas, drogas e mais ketamina são apreendidos em salão que era de Djidja Cardoso

Polícia encontra mais drogas em salão que era de Djidja Cardoso. Foto: Divulgação

A Polícia Civil do Amazonas está investigando a seita “Pai, Mãe, Vida”, liderada por Cleusimar Cardoso e seu filho Ademar Cardoso, após a morte de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido. Na última sexta-feira (31), uma operação foi realizada no salão de beleza Belle Femme, em Vieiralves, onde foram apreendidos vários anestésicos para cavalo e tranquilizantes, muitos restritos a procedimentos cirúrgicos, além de drogas prontas para injeção.

Polícia encontra mais drogas em salão que era de Djidja Cardoso. Foto: Divulgação
Operação da Polícia Civil do Amazonas encontra mais drogas em salão que era de Djidja Cardoso. Foto: Divulgação

Durante a operação, a polícia também confiscou equipamentos eletrônicos e documentos para análise. Mais cedo, mandados de busca e apreensão foram cumpridos em uma clínica veterinária no bairro Redenção, suspeita de fornecer ketamina à seita. Esses anestésicos eram usados pelos membros do grupo religioso, incluindo Djidja Cardoso, que faleceu aos 32 anos.

O inquérito policial revela que Djidja, seu irmão Ademar e sua mãe Cleusimar compravam esses anestésicos na clínica MaxVet, recebendo as substâncias frequentemente por meio de motoristas de aplicativo. Além da família Cardoso, funcionários do salão Belle Femme, como Verônica Seixas, Claudiele dos Santos e Marlisson Vasconcelos, também usavam a droga, influenciados pelos patrões.

Polícia encontra mais drogas em salão que era de Djidja Cardoso. Foto: Divulgação
Polícia encontra mais drogas em salão que era de Djidja Cardoso. Foto: Divulgação

Ademar Cardoso, líder da seita, acreditava ser Jesus, sua mãe Cleusimar seria Maria e sua irmã falecida, Djidja, Maria Madalena. Ademar usava o livro “Cartas para Cristo” como um guia distorcido para suas práticas, defendendo que o uso de ketamina, drogas alucinógenas e meditação poderia levar ao autoconhecimento e a experiências espirituais profundas.

A prática da seita teria resultado na morte de Djidja Cardoso na última terça-feira (28), gerando comoção nacional. Todos os envolvidos na seita já estavam sob investigação após denúncias de outros funcionários do Belle Femme. Caso Djidja estivesse viva, provavelmente estaria presa juntamente com Ademar, Cleusimar, Verônica e Claudiele. Marlisson Vasconcelos, por sua vez, está foragido.

Operação Mandrágora desmonta seita que utilizava drogas

Uma coletiva de imprensa está marcada para as 11h na Delegacia Geral do Amazonas, onde as autoridades irão fornecer mais detalhes sobre a Operação Mandrágora. A ação policial visa desmantelar completamente a seita e trazer justiça às vítimas afetadas por suas práticas perigosas e ilegais.