Nesta quinta-feira, 7, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, renunciou à liderança do Partido Conservador. Por consequência, o premiê deixa também o cargo de primeiro-ministro britânico.
O estremecimento de Johnson no cargo veio desde o escandalo de assédio sexual dentro do governo. Isto porque Chris Pincher, deputado do Partido Conservador, foi acusado de apalpar dois homens em um clube privado em Londres. Entretanto, mesmo sabendo das acusações, Boris Johnson nomeou Pincher a um dos mais importantes cargos: o de vice-líder do governo no Parlamento.
Estima-se que, entre ministros e assessores, mais de 40 funcionários tenham deixado seus cargos após o escândalo, como forma de protestar contra a liderança de Johnson.
No discurso, o líder do governo britânico afirmou que sua saída é um desejo do partido. “É claramente a vontade do Partido Conservador no Parlamento que deve haver um novo líder e, portanto, um novo primeiro-ministro”, disse ele num pronunciamento em Downing Street.
O parlamentar falou, ainda, sobre o calendário para a eleição do próximo primeiro-ministro e afirmou que ficará no cargo até que a escolha seja feita. “Concordei com Sir Graham Brady, líder de nossos parlamentares, que o processo de escolha desse novo líder deve começar agora e o cronograma será anunciado na próxima semana. E hoje nomeei um gabinete para servir, como farei, até que haja um novo líder”, disse.
Boris Johnson está no cargo desde 2019, quando Theresa May, também do Partido Conservador, renunciou ao não conseguir fechar os acordos do Brexit.