O inverno amazônico chegou desde o dia 21 de dezembro. É a época de umidade alta, tempo nublado e chuvas frequentes, portanto, separa a tua sombrinha, o teu guarda chuva e a sandália. Além de Belém, Manaus (AM), Macapá (AP) e Boa Vista (RR), todos da região norte, também terão características climáticas semelhantes ao que a capital paraense receberá até maio de 2023.
Especialistas em meteorologia explicam que inverno amazônico não passa de uma denominação popular, uma vez que o período é marcado por precipitação e altos índices pluviométricos (chuva) é definido como verão.
É assim chamado porque, em função das chuvas ocorrerem de forma intensa e frequente, geralmente de janeiro a março (podendo variar um pouco além), há uma tendência de a sensação térmica ser amenizada em relação aos demais períodos do ano, acompanhada de uma ‘leve’ redução na temperatura média do período”, contou.
Para explicar o que parece não ter muita lógica, devido às pancadas de chuvas, o professor diz que no hemisfério sul do planeta, o período que vai do mês de dezembro a maio é considerado verão, pois a radiação solar é mais intensa e, por isso, chove mais. “Aqui na região temos muitos rios, e quando há muita energia solar, evapora muita água, formando assim nuvens que vão condensar e precipitar. E assim fica nesse ciclo, precipita, cai a chuva, evapora e forma a nuvem novamente, o que é comum nesse período, justamente pela maior incidência de radiação solar”, explicou o professor Hildo Giuseppe, meteorologista da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra).
Hildo afirma que no período de dezembro a maio a chuva não é exclusiva da região Amazônica, outras regiões do país também enfrentam pancadas de chuva. No entanto, as florestas e outros fatores contribuem para a formação de nuvens de chuva. “Nesse período há uma maior concentração das chuvas de dezembro até por volta de maio, o que em porcentagem representa que em torno de 65% a 70% das chuvas do ano se concentram nesses meses, e o resto é distribuído ao longo do ano. Mesmo nos períodos mais ‘secos’, ainda ocorre uma quantidade significativa de chuvas”, disse.
A Amazônia possui períodos de transição, como apontam especialistas. “”Seria algo equivalente as estações da primavera e outono. E lembrando, como a região Amazônica é extensa, as estações chuvosa e seca não acontecem na mesma época, isto é, quando é período chuvoso nos estados do Amazonas, Acre e Rondônia, é período seco em Roraima”, contou o meteorologista Gustavo Ribeiro.
PREJUÍZOS
O período das chuvas evidenciam grandes problema das chuvas no Amazonas, especialmente para moradores de áreas baixas de Belém e das outras três capitais nortistas. Alagamentos, enchentes e inundações inundações produzem estragos e prejuízos em residências, com o transbordamento de rios e canais.
*Com informações de Portal Amazônia e O Liberal.
