Na noite desta sexta-feira, 26, aconteceu a última entrevista da rodada de sabatinas no Jornal Nacional da TV Globo, com candidatos a presidência do Brasil nas eleições de 2022.
A entrevistada da noite foi a senadora Simone Tebet (MDB), que durante os 40 minutos da entrevista, disse priorizar a educação, fazendo alusão a propostas de entidades que defendem maior participação privada na gestão do ensino, e afirmou em mais de uma ocasião contar com uma equipe de “economistas liberais” para tratar do financiamento das suas propostas.
Participação feminina e propostas
Tebet foi questionada sobre o número de candidaturas de mulheres dentro do próprio partido, o MDB, já que 66% das candidaturas do partido neste ano foi de homens e só 33% de mulheres.
Sobre a pergunta, a candidata afirmou se tratar de um problema de todos os partidos “Não é só do meu partido, são de todos, eles só cumprem a cota”, afirmou. “Eu fui a primeira mulher a presidir a comissão de combate à violência contra a mulher no Senado. E entre outras coisas tem essa violência política, e conseguimos avançar agora com 30% no tempo de rádio e televisão para mulher, o que fez com que pudéssemos aumentar em quase 50% o número de deputadas.”, disse a candidata.
Depois, Renata Vasconcellos questionou por que a candidata não conseguiu envolver o próprio partido no objetivo de alcançar a igualdade de candidatos homens e mulheres. “É um passo, é uma escada.”, afirmou.
Durante sua fala, Tebet afirmou que seu partido teve “coragem” da lançar uma mulher na candidatura da presidência da republica.
“Sou privilegiada por que estou diante de um partido que saiu na vanguarda e teve a coragem de lançar, nesse momento mais difícil do Brasil, uma mulher candidata à Presidência da República. Isso é inédito, é inédito na história”, pontuou, possivelmente se referindo a seu partido.
Já existiu uma mulher presidente da República no Brasil, Dilma Rousseff (PT), e além deste fato, as eleições presidenciais de 2022 têm outras três candidatas: Vera Lúcia (PSTU), Sofia Manzano (PCB) e Soraya Thronicke (UB). A fala foi questionada nas redes sociais durante a entrevista.
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Neste momento, a candidata afirmou que a igualdade salarial entre homens e mulheres é prioridade em seu governo e disse que, se eleita, fará o projeto “andar” na câmara dos deputados.
“Nós aprovamos no Senado e está parado na Câmara, se eu virar presidente, o primeiro projeto que eu vou pedir para pautar na Câmara dos Deputados é igualdade salarial entre homens e mulheres. A mulher ganha 20% menos que o homem, exercendo a mesma função, a mesma atividade. Se for negra, preta, recebe 40% menos, me explique, qual a lógica disso?”
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A candidata se comprometeu a priorizar a educação caso vença as eleições. “Não falta dinheiro pra educação, falta vontade”, vaticinou, emendando que “não há trabalho e qualificação, sem educação. É o que garante o aluguel e a comida na mesa”. Também prometeu recriar o Ministério da Segurança Pública, quando questionada sobre perguntas sobre essa área.
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