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Em Belém, Dia Mundial do Diabetes terá programação no Parque do Utinga sobre riscos, prevenção e conscientização

O dia 14 de novembro é marcado como o Dia Mundial do Diabetes. Para alertar e prevenir sobre os riscos decorrentes da condição, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) – Regional Pará realiza o evento “Diabetes: saiba seu risco. Construa um futuro saudável”, nesta quarta-feira (15), no Parque do Utinga, em Belém. Na programação, uma manhã com caminhada, aula de fit dance e café da manhã para os participantes. O evento é gratuito e não precisa fazer nenhum tipo de inscrição prévia.

O diabetes é uma doença crônica, que não tem cura, mas há tratamento que permite ao paciente uma vida saudável. É caracterizado pela incapacidade da insulina de controlar o nível de açúcar no sangue, por meio da inserção de glicose nas células. Com a insuficiência, as taxas de açúcar são elevadas (hiperglicemia), o que pode gerar uma série de complicações à saúde, se não detectadas e controladas adequadamente.

A médica endocrinologista Mayana Barros, atuante no Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) e membro da diretoria regional da SBEM, explica que os sintomas do diabetes são comuns em outras doenças, como aumento de apetite, perda de peso, e demora na cicatrização de feridas, que devem ser motivo de alerta, principalmente se combinados a fatores de risco, como histórico familiar, tabagismo, alimentação inadequada e sobrepeso. Segundo a pesquisa Vigitel Brasil 2023 – Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, do Ministério da Saúde, 6,9% dos entrevistados de Belém afirmaram ter diagnóstico médico do diabetes.

“O diabetes é uma doença silenciosa, que quando a pessoa, em geral, descobre já pode ter a condição há cerca de seis anos. Quando os sintomas surgem, costumam ser muita sede, boca seca, levantar muitas vezes para urinar, estar com mais apetite e ainda assim perdendo peso de forma inexplicada e intensa, por exemplo. Se associado a um exame de glicemia alterado, o paciente pode ter o diagnóstico. Há também os sintomas associados a complicações do diabetes, como a dificuldade de cicatrização, que pode ser uma complicação vascular, mudança na temperatura dos membros, dores em membros inferiores, perda de sensibilidade e alteração visual; além das complicações neurológicas, com maior risco de infarto”, destaca a oncologista.

PREVENÇÃO

A adoção de hábitos saudáveis é a principal forma de prevenção ao diabetes. Manter uma dieta equilibrada, manter o peso dentro da faixa recomendada, realizar exercícios físicos regularmente, consumo adequado de água, evitar uso de tabaco e bebidas alcóolicas, não utilizar medicamentos sem prescrição médica e evitar estresse são algumas das recomendações.

“O diabetes tem um componente genético no seu aparecimento. Ele não surge somente porque a pessoa se alimenta mal ou come muito açúcar, como às vezes as pessoas têm medo. Mas tem uma chance de mudança com algumas medidas de prevenção. Então se você tem um familiar que tem diabetes e está acima do peso, já pode tomar medidas de prevenção”, aconselha a médica.

DIAGNÓSTICO

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), em caso de suspeita da doença, o paciente deve buscar atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) a fim de verificar a possível ocorrência da diabetes e iniciar o tratamento. O atendimento na UBS inclui informações para aquisição, dispensação e distribuição dos medicamentos necessários de forma regular e sistemática.

Se o paciente tiver intercorrências durante a fase inicial do tratamento e, dependendo do diagnóstico, pode ser encaminhado para atendimento especializado em endocrinologia nos unidades do Pará que são referência em diabetes: o Hospital Regional Jean Bitar, a Policlínica Metropolitana, o Centro de Especialidades Médicas (Cemec) do Centro Universitário do Pará (Cesupa) e o Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB).