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Em Belém, jornalista faz campanha para cirurgia de endometriose; saiba como ajudar

A jornalista Sarah Carneiro convive há anos com tratamento e idas e vindas à emergência em unidades médicas por conta da endometriose. Sarah já fez várias consultas e tratamentos com diversos médicos e ginecologistas, mas as dores continuam.

“Quando eu tinha 16 anos eu já sofria bastante com cólica e sentia que não era normal aquela dor tão intensa, aí fui com um ginecologista que passou vários exames e ele disse que eu tinha ovário micro policístico e endometriose, passou um anticoncepcional pra eu tomar por três meses e que eu retornasse pra ver se tava “dando certo”. Isso foi se estendendo por vários anos e muitos outros médicos, que sempre usavam essa mesma fala de “usa tal anticoncepcional por três meses, a gente vê como fica e depois decide como prosseguir”, conta.

Segundo a jornalista, o cenário se agravou em 2023, quando as dores ficaram insuportáveis.

“Em outubro de 2023, mais de 10 anos do diagnóstico, eu tive um episódio bem sério que eu tava saindo do supermercado e quando entrei no Uber já comecei a sentir uma dor muito aguda, de suar frio e não ter posição. Aí o motorista me levou até em casa, tirou as compras do carro e me levou para a emergência porque eu não conseguia mais nem ficar em pé. Chegamos na emergência e ele me tirou do carro e deu a entrada na emergência porque eu não conseguia falar de tanta dor, só escutava ele comentando “ela disse que tava com cólica no carro. Não lembro de muita coisa de quando cheguei no hospital, só que minha pressão estava altíssima, não conseguiam achar veia para administrar remédio e eu não tinha posição que me ajudasse”, detalha.

PRIMEIRA CIRURGIA

De acordo com Sarah, por conta do episódio, foi necessário fazer uma tomografia que detectou líquidos concentrados na pélvis e foi necessário realizar uma cirurgia de emergência, uma vez que a endometriose estava em estado avançado no organismo da jornalista.

“Nesse tempo todo o motorista do uber ficou na emergência comigo até a minha amiga chegar. Fiz uma cirurgia de emergência porque a endometriose tava bem profunda e espalhada, o que fez com que eu estivesse com uma hemorragia interna e por isso a dor insuportável. Mas deu tudo certo nessa cirurgia, o médico conseguiu drenar o sangue e cauterizar onde tinha “rompido”, lembra.

Apesar da primeira cirurgia de emergência, Sarah ainda não se vê livre das fortes dores advindas da endometriose e segue acompanhamento com médicos especialistas.

“O médico que fez a cirurgia às pressas me encaminhou para uma consulta com um cirurgião ginecológico, que foi quem me passou um exame específico que só dois lugares de Belém fazem, e aí foi visto a real situação de que a minha endometriose espalhou muito ao longo dos anos, comprometendo uma trompa, os ovários e ainda uma parte do intestino e reto. Por isso, preciso fazer essa nova cirurgia, para “limpar” onde já houve esse comprometimento e não ter mais essas dores e nem episódios mais graves”, afirma a jornalista.

ARRECADAÇÃO

Depois de fazer uma cirurgia às pressas, ao longo dos anos, a endometriose se alastrou pelo organismo de Sarah e acentuou o problema. Agora, para uma nova cirurgia, a jovem precisa arrecadar entre 28 e 30 mil reais para arcar com os custos, como equipe médica, internação, instrumentos e detalhes específicos da cirurgia.

“Os exames de risco cirúrgico eu já estou fazendo, assim como as consultas pré-operatórias. Atualmente, estou tomando um remédio de uso continuo para não menstruar, justamente para não causar inflamação e agravamento, até o momento da cirurgia vou permanecer assim

Quem puder ajudar pode doar qualquer valor via PIX, na chave [email protected]

Qualquer valor é bem vindo. Ajude.

ENDOMETRIOSE

Endometriose é uma condição em que células do endométrio, tecido que reveste o útero, movem-se para os ovários ou cavidade abdominal, multiplicando-se e sangrando, ao invés de serem expelidas durante a menstruação.