Após a sua participação no Fórum Econômico Mundial, o governador do Pará, Helder Barbalho, falou com a imprensa e afirmou que a atual política de gestão ambiental do Brasil prejudica a imagem do país para o exterior. “Não está sendo bem vista. Se a gente não reagir, haverá restrições e embargos a produtos brasileiros. A imagem do Brasil não está boa por aqui”, disse o chefe do executivo para o jornalista Gerson Camarotti, do G1 Nacional.
Helder, que esteve em Davos durante toda a semana para o Fórum, participou de encontros com investidores e de um painel com o presidente da Colômbia, Iván Duque, e falou sobre as dúvidas a respeito do compromisso assumido pelo Brasil na Conferência das Partes (COP-26). “Hoje, há questionamentos: se o compromisso assumido pelo Brasil com as metas estabelecidas pela COP-26 será cumprido. O problema é saber se os compromissos assinados serão revertidos em ações concretas — e se isso será revertido em entrega”, afirmou. Para o governador do Pará, parte dessa desconfiança se deve à instabilidade política vivida pelo país.
SOLUÇÕES DE CASA
Ainda no evento, Helder Barbalho aproveitou para dar visibilidade às ações do Estado do Pará em relação ao meio ambiente. Batizado de “Amazônia Agora”, o plano conta com três eixos de ação: combate ao desmatamento, regularização fundiária e desenvolvimento sustentável da região. “Preciso desmatar alguma coisa para ser o maior produtor do Brasil? Tenho que mudar a lógica para aumentar a produtividade das áreas já existentes e com isso preservar a floresta”, afirmou Helder.
Outra ação utilizada pelo Pará será a de rastreabilidade do gado, em que se pretende dar um “selo verde” à carne exportada pelo estado. “É preciso ter um cuidado com a possibilidade de embargo internacional com a carne produzida na Amazônia. Por isso, criamos uma rastreabilidade para a propriedade sustentável”, disse.