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Em garimpo ilegal em terras indígenas, trabalhadores estavam sob condição de escravidão

A área era ocupada ilegalmente pela atividade há 10 anos

A Polícia Federal (PF) realizou uma operação contra um garimpo ilegal estabelecido na terra indígena Trincheira Bacajá, uma área de preservação localizada em Altamira, no sudoeste do Pará. A atividade ilegal funcionava há 10 anos no local.

A operação aconteceu na última sexta-feira, 16, dentro do território conhecido como Garimpo Manelão. Durante a ação da polícia, eles descobriram diversos crimes ambientais nas atividades, além dos operários estarem em condições de escravidão.

Os operários estavam em condições sub-humanas, sem condições de higiene básica, saneamento, conforto ou materiais específicos para proteção individual, e executando atividades em escalas de 12 horas. De acordo com a PF, animais como onças e porcos rondavam o local expondo os trabalhadores a condições extremamente perigosas.

Os agentes encontraram duas escavadeiras hidráulicas, que foram destruídas conforme manda a lei. Além de serem apreendidas peças que lembravam ouro, ferramentas utilizadas na extração de minérios e uma arma de fogo.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a área de preservação Xikrin Mebengokrê já se tornou uma das áreas mais desmatadas da região nos últimos 3 anos. O garimpo ilegal foi uma atividade que ganhou força durante o governo Bolsonaro que incitou a prática durante todo o seu governo.