O jogador brasileiro Daniel Alves pediu para falar com a juíza responsável pelo caso relacionado à acusação de estupro a uma jovem em uma boate de Barcelona. Na sessão realizada nesta segunda-feira (17), Alves disse, de acordo com a promotoria, que houve penetração, contrariando o que disse antes.
O atleta também disse que a relação foi consensual e argumentou à juíza responsável pelo caso que mentiu em juízo porque queria ocultar a infidelidade de sua então esposa, a modelo espanhola Joanna Sanz, que pediu o divórcio após ele ser preso.
Pela lei espanhola, um acusado pode fazer um pedido para falar com a juíza quantas vezes quiser. A juíza responsável pelo caso seguirá decidindo se a investigação seguirá para julgamento e se Daniel Alves se tornará réu. A Justiça espanhola também tem a competência de investigar um caso denunciado pela Promotoria para então decidir se há provas suficentes para abrir um julgamento.
De acordo com a imprensa local, a sessão com o depoimento durou cerca de 20 minutos. Também participaram dela o advogado de defesa de Alves, Cristóbal Martell, os advogados de acusação, além da Promotoria de Barcelona, que foi quem fez o pedido de prisão preventiva à Alves.
Inconsistências nas declarações
Em depoimentos anteriores, o brasileiro havia dito que não houve penetração. Primeiro, ele negou qualquer tipo de contato com a jovem que fez a acusação. Ao ser ouvido pela segunda vez, foi confrontado com imagens da boate e novas informações da Promotoria, afirmou que os dois se encontraram no banheiro e que houve sexo oral, porém consensualmente.