O presidente Lula defendeu a realização da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP 30, no Estado do Pará durante uma entrevista coletiva concedida neste sábado, dia 22, em Lisboa. Ao lado do presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, o mandatário brasileiro dedicou parte de seu pronunciamento inicial para falar sobre compromissos ambientais.
Ambos os presidentes fizeram pronunciamentos após uma reunião oficial que iniciou destacando a retomada das relações diplomática entre Brasil e Portugal. Segundo o presidente Lula, a sintonia entre os países deve se estender à discussão sobre as mudanças climáticas.
O petista ainda afirmou que “O Brasil será implacável no combate aos crimes ambientais” e prosseguiu tratando sobre o desejo de sediar a COP 30, que acontece em 2025.
“Estamos reivindicando fazer a COP 30 no Brasil, no estado do Pará. Um estado amazônico para que as pessoas possam ver a Amazônia. Mas se você não tiver uma governança forte para se exigir o cumprimento das decisões, a gente vai nas reuniões, toma decisões e no ano seguinte faz outras reuniões, toma mais decisões e no ano seguinte a mesma coisa e as decisões nunca entram em vigor”, afirmou em tom de crítica ao que considera ineficiência das reuniões internacionais sobre o meio ambiente no mundo.
Ao defender uma atuação mais incisiva dos governantes na agenda climática, Lula disse ainda que as resoluções aprovadas em reuniões como o Acordo de Paris, de 2015, e o Protocolo de Kyoto, assinado em 1997, jamais entraram em prática.
Durante o pronunciamento, o petista também abordou a guerra entre Rússia e Ucrânia após a polêmica envolvendo a sugestão de acordo entre os países. Ele relembrou o voto do País alinhado à condenação da Rússia mas afirmou que o País não quer participar da guerra e que “é melhor para todo mundo encontrar uma saída na mesa de negociação do que no campo de batalha”, disse.
Com informações de Carta Capital
