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Em véspera de Círio, tradicionais romarias lotam as águas da Baía e avenidas da Região Metropolitana

O percurso das romarias deste sábado (7) foi marcado por homenagens, promessas e emoção desde às 5h00, quando iniciou a Romaria Rodoviária na Igreja Matriz de Ananindeua em destino ao Trapiche de Icoaraci, onde após uma missa, a imagem da Santa embarcou no navio da Marinha do Brasil e navegou em direção à Praça Pedro Teixeira, cercada de embarcações no Círio Fluvial. Ao final do percurso da procissão com os barcos, a imagem na berlinda foi acompanhada por motociclistas até o Colégio Gentil Bittencourt, de onde sairá às 17h30 em Trasladação para a Catedral de Belém.

A Romaria Rodoviária partiu da Igreja Matriz de Ananindeua antes do sol nascer. Durante o trajeto eram realizadas homenagens para a Virgem de Nazaré. Ciclistas, motociclistas e peregrinos lotaram a BR 316 e seguiram a imagem com buzinaços, músicas e gestos de solidariedade. Os devotos, cansados fisicamente, eram incentivados por pessoas que distribuíam água e alimento pelo caminho.

Foto: Icaro Farias

Na Avenida Augusto Montenegro as homenagens se repetiram até o Distrito de Icoaraci, onde foi realizada uma missa que reuniu uma multidão de fiéis, celebrada por Dom Giambapttista Diquattro, Núncio Apostólico do Brasil. Ao final da celebração, iniciou-se a Romaria Fluvial, que conduziu a Santa até o encontro de outra romaria em sua homenagem, conforme percorria pelas águas da Baía de Guajará, foram realizadas homenagens com shows pirotécnicos e papéis picados por devotos que assistiam da margem sua passagem.

Foto: Icaro Farias

Os fiéis da Moto Romaria receberam Nossa Senhora na Praça Pedro Teixeira e seguiram a berlinda até o Colégio Gentil Bittencourt. A romaria realizou sua homenagem até o final do percurso, após a chegada da imagem, uma grande confusão se instaurou, provocada por integrantes de torcida organizada dos clubes paraenses Remo e Paysandu.

Foto: Bárbara Flores

Em nota, a direção do Remo repudiou as cenas de violência ao final da procissão e se dispuseram a ajudar as autoridades a identificar os envolvidos e puni-los. “A maior festa religiosa do Brasil, é momento de união, paz, respeito, confraternização, solidariedade e fé. Esperamos que a partir de agora atos como esse não se repitam”, disse em nota o Clube.

A última procissão deste sábado tem previsão para iniciar às 17h30, após missa realizada no Colégio Gentil Bittencourt por Dom Alberto Taveira, Arcebispo Metropolitano de Belém. Esta é a primeira procissão com a nova corda do Círio, produzida pela primeira vez no Pará.