A reunião do Conselho de Segurança da ONU nesta quarta-feira, 01, trouxe um relato comovente do embaixador da Palestina, Riyad Mansour, que destacou a grave situação em Gaza.
Visivelmente emocionado, ele leu mensagens deixadas por médicos mortos em bombardeios israelenses, como a de Mahmoud Abu Nujaila, que escreveu em uma lousa antes de falecer: “Quem ficar até o fim contará a história. Fizemos o que podíamos. Lembrem-se de nós”.
Mansour enfatizou a responsabilidade da comunidade internacional em agir contra o que classificou como genocídio. Ele pediu o fim da impunidade de Israel e destacou o compromisso de médicos palestinos que perderam a vida enquanto tentavam salvar outras.
O Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Türk, reforçou as denúncias, qualificando os ataques a hospitais como potenciais crimes de guerra. Ele citou o impacto devastador sobre civis, especialmente mulheres e crianças, e apontou a morte de recém-nascidos devido à falta de cuidados médicos. Segundo Türk, se esses atos forem comprovados como parte de um ataque sistemático à população civil, também podem ser enquadrados como crimes contra a humanidade.
Representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertaram para a crise humanitária, com 7% da população de Gaza morta ou ferida desde outubro de 2023. Mais de 12 mil pacientes em estado crítico aguardam evacuação médica, mas, no ritmo atual, levaria até uma década para atender a todos.
Enquanto o Conselho de Segurança enfrenta críticas por sua inação, a reunião evidenciou a urgência de uma resposta internacional para proteger vidas e responsabilizar os envolvidos pelos crimes cometidos.
*Matéria realizada com informações do portal UOL