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Emprego bate recorde e número de trabalhadores com ensino superior chega a 23,1%, diz IBGE

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados no dia 21 de junho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), destacam o aumento da qualificação dos trabalhadores brasileiros na última década.

Entre as pessoas ocupadas de 14 anos ou mais, 23,1% (cerca de 23,2 milhões de pessoas) possuem superior completo no ano de 2023. Ademais, quando a pesquisa iniciou, em 2012, apenas 14,1% contava com o nível de instrução.

Além disso, houve a redução da parcela de trabalhadores sem instrução ou com fundamental incompleto, no qual passou de 32,6% em 2012 para 20,1% em 2023. Portanto, a maioria dos trabalhadores brasileiros se encontram entre aqueles que possuem o médio completo e superior incompleto, representando 42,8%.

Segundo o pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (FGV-IBRE), Rodolpho Tobler, os dados apresentam um percentual mais elevado de escolaridade da população brasileira no geral. “Tem um fenômeno de escolarização no país, que são efeitos de políticas públicas de longo prazo. E a questão demográfica também influencia, a gente vai tendo mais pessoas em idade de trabalhar, que é aquele conjunto de 14 anos ou mais, que costumam ter escolarização mais elevada. E o mercado de trabalho acaba conseguindo absorver também essas pessoas”, explicou ao portal O Globo.

Pessoas ocupadas

Ainda segundo os dados da pesquisa, observou-se que pela primeira vez, o total de pessoas ocupadas no Brasil superou 100 milhões. Foram 100,7 milhões em 2023, alta de 1,1% em relação a 2022. Ademais, na categoria de trabalhadores com carteira no setor privado, somaram 37,7 milhões, em termos percentuais, 37,4%, valor inferior ao de 2015, no qual apresentou a taxa de 39,5%.

A parcela da população em idade de trabalhar (acima de 14 anos) que está ocupada ficou em 57,6% em 2023, no entanto, não superou a taxa de 2013 que foi 58,3%. Na pesquisa, observou-se que houve uma queda de 2014 a 2017, mas que está se recuperando e crescendo.

*Matéria realizada com informações do IBGE e Portal O Globo.