Na última segunda-feira, 9, Paulo Vitor Silva Figueiredo, de 22 anos, foi vítima de racismo em Taguatinga, no Distrito Federal (DF) . A vítima, que é vendedor de açaí , registrou o caso enquanto a acusada o xingava de “macaco preto”, “pateta”, “idiota”, entre outros xingamentos.
Ela reclamava pelo fato de querer que o pedido dela – que já vinha misturado com banana e xarope de guaraná – viesse sem banana. Quando Paulo se recusou a atender o pedido, a acusada começou os xingamentos. Ela continua com as agressões verbais ordenando que o vendedor obedeça suas ordens e afirma que ela é “moradora daquela região” e, segundo ela, “dona da cidade”.
Ao final do vídeo, é possível ver Paulo informando que ela não seria atendida no estabelecimento e, em resposta, a acusada o desafia. “Veremos”, diz ela no final do vídeo.
RACISMO X INJÚRIA RACIAL
Há duas semanas, no dia 30 de maio, outro caso, também no DF, revoltou internautas nas redes sociais após duas mulheres gravarem o estudante de Odontologia, Matheus Antunes, de 26 anos, enquanto xingavam o rapaz. “É preto e ainda fica tirando os outros de tempo”, disseram no vídeo. A vítima registrou o caso como injúria racial.
Vale lembrar que, aplica-se o crime de racismo quando a ofensa é contra um grupo ou coletividade, injúria racial caracteriza-se pelo ferimento à dignidade ou decoro da vítima utilizando palavras depreciativas referentes a cor ou raça.
Só no primeiro bimestre de 2022, foram registradas 101 ocorrências de injúria racial no DF, já em SP esse número já ultrapassa todas as denúncias feitas em 2021. No Pará, os casos de racismo triplicaram em um ano segundo dados do IBGE.