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Empresário que cuspiu em modelo dentro de academia em São Paulo, aparece em novo vídeo, batendo em garçom

Thiago Brennand, que cuspiu em uma modelo, dentro de uma academia em SP, e que foi denunciado por outras mulheres, aparece em nova denúncia, desta vez, agredindo um garçom.

Um novo vídeo obtido na quinta-feira, 15, pelo site de notícias, G1 mostra o que seria mais uma confusão envolvendo o empresário Thiago Brennand. As imagens estão em um inquérito que investiga uma agressão contra um garçom de um hotel em um condomínio de luxo, em Porto Feliz, interior de São Paulo, em março deste ano. A vítima contou que estava saindo de moto do trabalho quando cruzou com o carro de Thiago.

O empresário é réu por lesão corporal e corrupção de menores por agredir uma modelo em uma academia em São Paulo, em 3 de agosto, e incentivar o filho dele, menor de 18 anos, a ofender a aluna.

À polícia, no dia 31 de maio deste ano, Thiago alegou que a acusação do garçom Vitor Machado era falsa e que não estava no condomínio no dia das agressões. Ele afirmou ainda que um funcionário e os seguranças do condomínio que teriam participação no caso.

A Secretaria da Segurança Pública disse, anteriormente, que as imagens da agressão foram solicitadas no início de setembro e que “o caso retornou à delegacia para novas diligências”.

Em entrevista ao programa Fantástico, o garçom, Vitor Machado relembrou as agressões e afirmou que foi fechado pelo carro de Thiago.

“Notei no retrovisor da moto os faróis piscando e buzina. E nisso a pessoa, no caso o Thiago, ele já veio na minha lateral, fechando a minha moto e abaixando o vidro, gritando comigo, no caso. Falando que quem eu pensava que era para passar correndo com a moto na frente da casa dele. Daí eu falei, ‘não, senhor, não estava correndo’. Lá o limite é 30. Eu estava em 25, no máximo 26. Ele estava gritando muito, daí veio da portaria um segurança. E nisso ele já pediu minha habilitação”, disse a vítima.

“Ele [Thiago] me obrigou a pegar a minha carteira de habilitação da minha mochila. Eu entreguei para ele. E nisso ele estava na minha frente. Na hora que ele sumiu do meu campo de visão, já senti os golpes, entendeu? Que ele bateu tão forte, um tapa tão forte, que pegou na minha testa, no meu olho, meu nariz. No momento começou a sangrar meu nariz. Daí já veio mais dois golpes. E me grudou pelo pescoço”, completou.

DEFESA

Também na quinta-feira (15), a Justiça analisou e negou o habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pelas advogadas de Thiago Brennand .

A defesa pediu a revogação da medida cautelar que obriga a entrega do passaporte, além da cassação da decisão que determinou o retorno do empresário ao Brasil, no prazo máximo de 10 dias.

A defesa de Brennand, que encaminhou uma nota:

“A imposição de cautelar de ‘retorno forçado’ de viagem documentada nos autos, com data certa de retorno, e iniciada antes de requerida e deferida qualquer medida cautelar de entrega de passaporte, não encontra amparo legal. Thiago Fernandes Vieira não desrespeitou nenhuma decisão da Justiça. Ao ver da defesa, estamos diante de uma situação de claro constrangimento ilegal à liberdade de ir e vir.”

ARMAS

na sexta-feira passada, 9, a Polícia Civil de São Paulo fez uma operação na casa de Thiago, na Fazenda Boa Vista, em Porto Feliz, onde apreendeu acessórios de armas. Uma perícia irá apontar se os equipamentos estão legalizados. Logo após a operação, o Exército suspendeu o certificado de registro de CAC (sigla para colecionador de armas, atirador e caçador desportivo), que permite a Thiago ser colecionador de armas.

A Justiça em Porto Feliz determinou o desarquivamento do inquérito policial que investigava as denúncias de uma mulher que disse ter sido estuprada e mantida em cárcere pelo empresário. O relato dela foi mostrado pelo Fantástico.

Armas encontradas na casa do empresário, durante operação policial. Imagem: Reprodução G1.

A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público. A vítima disse que foi obrigada a fazer uma tatuagem com as iniciais de Brennand em agosto de 2021.

RESPOSTA

Segundo a defesa de Thiago, o empresário é colecionador de armas legalmente cadastradas e registradas na Superintendência de Fiscalização de Produtos Controlados da 2ª Região Militar (SEPC/2). Em 23 de junho, o acervo teria passado por vistoria de rotina por militares.

Em nova defesa, Thiago afirmou que repudia a versão dada pela vítima. Ele contou à investigação que, no dia da confusão, estava na academia, quando se deparou com a vítima fazendo exercícios em “local inapropriado”.

Segundo ele, havia pedido que a professora da academia falasse com a vítima. Na sequência, a mulher retornou ao mesmo local e causado “uma situação de desconforto”.

Após passar por ela por três vezes, sem falar nada, ele conta que resolveu pedir que a vítima buscasse outro local para os exercícios. Thiago negou que tenha feito alguma provocação.

Ainda segundo o relato dele, a vítima gritou e o ofendeu, gesticulando com as mãos e dizendo que podia treinar onde quisesse, que o odiava e que “conhecia pessoas que podiam acabar com sua vida”.

Sobre o cuspe, o empresário acusa a vítima de tentar cuspir nele. De acordo com a declaração, ele “teve o impulso de cuspir de volta e empurrá-la para trás”.

VEJA VÍDEO:

Divulgação: G1.

*Com informações de Portal G1.