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Equador: Candidata à Assembleia Nacional é vítima de Atentado um dia após Assassinato de Villavicencio

Uma onda de violência e instabilidade política abalou o Equador nos últimos dias. O clima de tensão se intensificou quando Estefany Puente, uma das candidatas à Assembleia Nacional, foi alvo de um ataque armado na quinta-feira, 10 de agosto, um dia após o brutal assassinato de Fernando Villavicencio, um aspirante à presidência do país.

O atentado contra Estefany Puente ocorreu quando ela e seus acompanhantes estavam deixando o El Club de Leones, uma organização social em Quevedo, cidade equatoriana. De acordo com informações do jornal local El Universo, o carro de Puente foi interceptado por dois homens desconhecidos. A candidata estava acompanhada de seu pai e de um funcionário no veículo no momento do ataque. Imagens que circulam nas redes sociais mostram o veículo com o para-brisa destruído pelos disparos e vidros quebrados, testemunhando a violência do ataque.

Conforme relatos preliminares, um dos agressores efetuou disparos contra o para-brisa do lado do motorista, onde Estefany Puente estava sentada.

Ela sofreu apenas um ferimento leve no braço esquerdo, atingida de raspão por um dos tiros. Um familiar da candidata confirmou que os disparos foram realizados com uma pistola traumática, uma arma projetada para atirar balas de borracha e gás. Apesar do susto e dos danos ao veículo, Puente e seus acompanhantes escaparam de lesões graves. A polícia equatoriana já está conduzindo uma investigação para esclarecer os motivos por trás do ataque a Estefany Puente.

Até o momento, não há evidências que conectem esse incidente ao assassinato de Fernando Villavicencio, que ocorreu apenas um dia antes. Villavicencio, um candidato de centro-direita à presidência, foi morto com três tiros na cabeça após participar de um comício eleitoral. O assassinato chocou o país e gerou um clima de consternação.

O DISCURSO DE VILLAVICENCIO:

Horas antes de sua morte, Villavicencio fez um discurso ousado, afirmando que não utilizaria colete à prova de balas, pois via a população como seu escudo. Ele desafiou possíveis ameaças ao declarar: “Que venham os chefões do narcotráfico, venham! Que venham os milicianos!”. Essas palavras corajosas ecoam ainda mais após seu trágico falecimento.

A facção conhecida como Los Lobos reivindicou a responsabilidade pelo assassinato de Villavicencio em um vídeo disseminado nas redes sociais. Além de admitir o ataque, o grupo também ameaçou outros políticos, declarando que políticos corruptos que não cumprissem suas promessas após receberem financiamento do grupo seriam alvo. Essa ameaça sombria deixou a nação em alerta, com preocupações crescentes sobre a segurança dos candidatos e a integridade do processo eleitoral.