No sábado (9), as ruas de Valência, no leste da Espanha, foram palco de intensos protestos que culminaram em confrontos entre manifestantes e policiais. Cerca de 130 mil pessoas, segundo estimativas do governo, se reuniram para exigir a renúncia do presidente regional Carlos Mazón, em resposta à atuação das autoridades diante das enchentes que devastaram a região recentemente, resultando na morte de mais de 220 pessoas.
ESPANHA
As manifestações começaram por volta das 18h (horário local) e reuniram multidões portando cartazes e entoando gritos de “assassinos” em direção ao governo regional, criticado por sua resposta considerada ineficaz e negligente à tragédia. Próximo à Praça da Câmara Municipal de Valência, a situação se tornou tensa quando manifestantes começaram a arremessar cadeiras e outros objetos contra as forças de segurança. Em resposta, a polícia usou cassetetes e escudos para dispersar a multidão.
Conforme relatos de autoridades locais, como o presidente da Câmara de Valência, algumas áreas da cidade tiveram edifícios vandalizados, embora até o momento não haja registros de feridos graves. O protesto também chamou a atenção da mídia espanhola, que cobriu o desenrolar dos confrontos e trouxe à tona o crescente descontentamento da população com a gestão de crises ambientais.
A tragédia das enchentes e a resposta do governo abalaram a confiança dos moradores de Valência, que agora cobram medidas mais transparentes e eficazes para enfrentar desastres naturais e evitar novas perdas de vidas.