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Estado Islâmico é o grupo terrorista que mais mata no mundo

No ano passado, o grupo foi responsável por 1.833 mortes em pouco mais de 600 ataques terroristas.

Mesmo com o constante enfraquecimento nos últimos anos, o grupo terrorista Estado Islâmico ainda é o que mais mata no mundo, representando cerca de 27% de todo o terrorismo global em 2022, de acordo com dados do último Global Terrorism Index, relatório divulgado anualmente pelo Instituto para Economia e Paz. No ano passado, o grupo foi responsável por 1.833 mortes em pouco mais de 600 ataques terroristas.

Mesmo com o enfraquecimento nos últimos anos, o Estado Islâmico ainda é o grupo terrorista que mais mata no mundo — Foto: Reprodução

O número representa queda de 16% em relação a 2021, quando os jihadistas vitimaram 2.194 pessoas. Mesmo com a queda, este é o segundo ano consecutivo em que o Isis aparece no relatório como o mais mortífero. O relatório detalha que membros do Estado Islâmico continuam atuando em regiões do sul da Ásia, Oriente Médio, norte da África, Saharan, Rússia, Eurásia e Ásia-Pacífico.

o Iraque foi o país mais afetadado pelos jihadistas, que fizeram 183 ataques no último ano. A Síria, que chegou a ter parte de seu território dominado pelo grupo, foi o lugar com mais mortes registradas, que aumentaram para 344 vítimas desde o último relatório.

Em 2021, os jihadistas vitimaram 2.194 pessoas — Foto: Reprodução

O grupo começou a perder influência e poder em março de 2017, quando o governo do Iraque anunciou ter reconquistado o último reduto do Isis no país. Dois anos depois, o regime de Bashar al-Assad divulgou a vitória na luta contra o grupo terrorista.

A maior preocupação atualmente é com a migração do grupo para outras regiões. Em relatório do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em fevereiro deste ano, o secretário-geral da ONU, António Guterres alertou para a presença do grupo em continente africano.

“A disseminação geográfica e a incidência da violência terrorista do Isis aumentaram no continente Africano, onde o Daesh, seus afiliados e outros grupos terroristas continuam a explorar as dinâmicas e fragilidades dos conflitos locais para avançar em suas agendas”, disse o secretário-geral da ONU.

A maior preocupação atualmente é com a migração do grupo para outras regiões — Foto: Reprodução