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EUA registra caso raro de infecção sexual causada por fungo

Nas últimas semanas, médicos de Nova York, confirmaram o primeiro caso da rara infecção por um fungo de transmissão sexual nos Estados Unidos (EUA), o ‘Trichophyton mentagrophytes‘ tipo VII (TMVII).

Segundo infectologistas, o fungo causa micose intensa, com erupções cutâneas dolorosas no rosto, membros, virilha e pés. A nova cepa não é difícil de tratar, no entanto, ela pode resultar em cicatriz permanentes, além de que, o tratamento pode durar meses de medicações e cuidados.

Entenda o que aconteceu

O paciente americano, de 30 anos, esteve na Europa, onde, recentemente, os casos têm sido frequentes. O americano relatou que fez sexo desprotegido com outros homens, o que confirmou o laudo dos médicos devido à transmissão do fungo ser sexual. Logo, o paciente recebeu três medicações dermatológicos totalizando um tratamento em torno de 8 semanas.

Segundo os profissionais de saúde, a micose que antes ocorria apenas em animais domésticos, está se tornando frequente em pessoas, principalmente entre homens que fazem sexo desprotegido com outros homens.

Europa – Um relatório realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), identificou 13 homens infectados pego fungo no final de 2023 na França. A pesquisa levantou dados ao longo de 15 meses em três hospitais.

Estudo sobre a nova cepa

A pesquisa foca no primeiro caso de infecção fúngica nos EUA, liderado por médicos e pesquisados da Universidade de Nova York (NYU). Em algumas partes, os profissionais relacionam a origem do fungo como o surto de Mpox ou ‘Varíola dos macacos’, entre os anos 2022 e 2023.

Durante a análise dos sintomas e exames, para confirmar as lesões causadas pelo novo fungo, os médicos realizaram testes genéticos em amostras de pele do paciente americano, quando confirmado o diagnóstico e o tratamento, o homem se recuperou.

EUA registra caso raro de infecção sexual causada por fungo
Foto: Banco de Imagens

Em nota, o professor assistente de dermatologia na NYU e principal autor do estudo, Avrom S. Caplan, alerta que os profissionais de saúde devem estar preparados para tratar essa infecção grave no país. “Os profissionais de saúde devem estar cientes de que Trichophyton mentagrophytes tipo VII é a mais recente de um grupo de infecções cutâneas graves que já chegou aos EUA”, frisou.

Outras doenças fúngicas

O fungo ‘Trichophyton indotineae’, identificado originalmente na Índia, é próximo geneticamente do ‘Trichophyton mentagrophytes’ e tem se espalhado nos EUA entre homens e mulheres. Estes fungos são resistentes aos medicamentos antifúngicos, sendo necessário o uso de remédios recentes, como o Itraconazol.

Medicamentos que não funcionam – O fenômeno ocorre quando a espécie desenvolve mutações no código genético o que irá impedir que alguns remédios possam romper a barreira protetora, fungos apresentam uma forma de escudo para continuarem no corpo.

Até o momento não há surto de disseminação na saúde pública no país, no entanto, o estudo e especialistas frisam a necessidade dos profissionais de saúde terem conhecimento do fungo para realizar diagnósticos corretos, bem como, o tratamento, impedindo assim, a disseminação e surto na saúde pública.

*Matéria realizada com informações do Portal UOL e Metrópoles.