Nesta quinta-feira (1), Belém se transformou no epicentro da bioeconomia no Brasil com a realização do Bioeconomy Amazon Summit (BAS). O evento, promovido pelo Pacto Global da ONU – Rede Brasil e pela gestora de venture capital KPTL, reuniu 80 startups e promoveu o desenvolvimento de 60 delas, destacando o papel da inovação e do empreendedorismo na agenda global de mudanças climáticas.
Com pouco mais de um ano até a COP30, que ocorrerá em novembro de 2025 em Belém, o BAS representa um passo importante na preparação do país para este evento internacional. Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU – Rede Brasil, ressaltou a importância do momento.
“O Brasil tem potencial para ser o maior exemplo sustentável no mundo, e sediar a COP30 reforça a discussão sobre o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e o avanço da Agenda 2030, especialmente na Amazônia”, afirmou. “O BAS é uma das iniciativas do Pacto Global para preparar o setor empresarial para esse momento crucial. Faremos a ponte entre empreendedores, investidores e cientistas, promovendo debates com especialistas e grandes corporações que se destacam na sustentabilidade corporativa”, acrescentou.
EMPREENDORISMO SUSTENTÁVEL
O evento, realizado no Hangar Centro de Convenções em Belém do Pará, contou com a presença de mais de 600 participantes, incluindo líderes dos setores público e privado, representantes de organizações, empreendedores, investidores e membros da sociedade civil. O BAS foi apoiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), APEX Brasil, Mercado Livre, Sebrae (Pará) e a Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (SEMAS). Entre os parceiros, destacaram-se a B3, Banco da Amazônia, Copastur Viagens e Turismo, Associação dos Negócios da Sociobioeconomia da Amazônia (Assobio), Climate Ventures, plataforma CUBO ESG, programa Empreende Amazônia, Jornada Amazônia, consultoria Kyvo Design-driven Innovation, além dos parceiros de mídia Exame e Rede Amazônica.
Renato Ramalho, CEO da KPTL, comentou sobre o caráter de aprendizado e troca do evento. “Das 65 empresas em nosso portfólio, a maioria está em fase de tração, e 10 delas têm atividades diretamente conectadas com o bioma amazônico. Desde 2013, com o fundo FIMA, priorizamos investimentos em sustentabilidade. Em 2022, lançamos o Fundo Floresta e Clima, dedicado a empresas de impacto em sustentabilidade e bioeconomia, culminando com o Amazonia Regenerate Accelerator and Investment Fund, apoiado pelo BID Lab”, detalhou Ramalho.
O Amazonia Regenerate Accelerator and Investment Fund, ancorado pelo BID Lab, conta inicialmente com US$ 11 milhões para investimentos, com a meta de atrair novos investidores internacionais e alcançar US$ 30 milhões (R$ 158 milhões) em 18 meses.