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Ex-governo de Bolsonaro deixa herança de desmatamento para Lula

O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) deixou, em seu último mês de mandato, o pior índice de desmatamento nos seus quatro anos de governo. A amazônia perdeu 218 km² de áreas desmatadas. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 6, pelo Deter, sistema de monitoramento que emite alertas sobre o desmatamento. 

Os dados apontados pelo mapeamento confirmam que esta é a pior média do mês de dezembro desde que o ex-presidente assumiu seu mandato em 2019, em comparação a outros anos é a terceira pior média de um governo. A média mais que duplicou em relação ao ano anterior, com 87,19m² de áreas desmatadas. 

Desde 2019, foram recordes e mais recordes nas taxas oficiais de desmatamento na Amazônia, segundo o InfoAmazonia. Imagem: CARL DE SOUZA (AFP)

O sistema de detecção do Deter funciona registrando a retirada completa da floresta nativa e áreas de degradação progressiva, além de trazer evidências de alteração da cobertura florestal na Amazônia. Isto tanto das áreas já desmatadas quanto das que estão iniciando esse processo.

O Observatório do Clima, rede formada por 78 entidades climáticas, aponta que o cerco de desmatamento vai influenciar negativamente os números de 2023. Marcio Astrini, secretário executivo da entidade, afirma que o antigo governo deixou um impacto que vai perdurar por algum tempo: “O governo Bolsonaro acabou, mas sua herança nefasta ainda será sentida por um bom tempo”, disse Márcio.

A entidade tem como objetivo discutir as mudanças climáticas na realidade Brasileira, porém com o foco nas mudanças climáticas que têm relação com o como o aquecimento global.