A defesa da mulher agredida por um policial militar neste domingo, 22, no município de Jacareacanga, acionou o Ministério Público Estadual (MPPA) após o caso. A advogada do casal envolvido, Paula Corrêa, negou que os clientes estivessem comercializando entorpecentes, como afirmou a nota da PM.
Segundo a defesa, o policial à paisana – de bermuda e camisa cor de rosa – que cometeu a agressão contra a jovem estava em momento de lazer no mesmo balneário que o casal e estava alcoolizado. Ainda assim, iniciou uma abordagem ao observar que o marido da vítima estava consumindo entorpecentes.
Na versão da defesa, ao ser informada da situação pelo marido, a jovem questionou a abordagem dos policiais, que não teriam apresentado documentos de identificação e um deles não estava uniformizado.
A partir disto, policiais e civis iniciaram uma discussão, que chegou a ser registrada pela jovem agredida.
O BT obteve os vídeos com exclusividade. Em uma das gravações é possível ouvir a jovem questionando o fato de o militar não estar fardado, no que ele responde com ofensas: “cala a tua boca, v@ag@bund4”.
Veja:
Depois de afirmar que estava gravando a ação, o policial teria tomado o aparelho das mãos da mulher. Na declaração da defesa diz que “depois de tomar o celular da mão da vítima, (o policial) a agrediu de forma desproporcional, enquanto a guarnição apenas assistiu o seu superior, como se pode visualizar nos vídeos que estão circulando em todo o estado”.
Veja:
A jovem agredida e o companheiro foram conduzidos à delegacia. A mulher foi autuada por desacato e o esposo por consumo de drogas. Os dois ficaram detidos e foram liberados no dia seguinte,segunda-feira, 23. A jovem realizou o exame de corpo delito.
A Polícia Militar informou que a Corregedoria-Geral da Corporação instaurou Inquérito Policial Militar para apurar os fatos e que os militares envolvidos foram afastados de suas funções operacionais
