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Família denuncia escola particular de Belém após criança chegar em casa com hematomas

Na segunda-feira, 06, o BT recebeu a denúncia de um pai que relatou que a filha, de dois anos e seis meses, chegou da escola com hematomas no rosto mais de uma vez. A criança estuda em uma das turmas iniciais do Colégio Aslan.

Foto: Reprodução.

De acordo com o pai da criança, foi a terceira vez que a menina chegou em casa com machucados. Ele conta que a escola ligou para informar que uma ‘coleguinha’ mordeu o rosto da filha, mas contesta a versão. “A escola fala que é uma criança da sala dela [quem causa os hematomas], mas eu não acredito que seja. Já é a terceira vez e eles não fizeram nada, não mudaram de sala”, revoltou-se o responsável.

Criança com hematoma na bochecha. Foto Reprodução.

Ainda segundo o pai, ele solicitou acesso às imagens da câmera interna de segurança da instituição e teve o pedido negado pela coordenadora da escola sob alegação de que o local não tinha tal sistema. Entretanto, a versão da coordenadora é refutada pela família que afirma que, no ato de matrícula, o Colégio Aslan afirmou que as salas contavam com câmeras de segurança.

O BT questionou se alguma reunião foi feita para tratar sobre o assunto e a resposta foi não. “Não fizeram reunião com os outros pais [da suposta segunda criança envolvida]”, relatou.

O responsável pela criança de dois anos foi até uma delegacia e registrou um Boletim de Ocorrência por lesão corporal e afirmou que os episódios colocam em risco a integridade física da filha. O delegado solicitou um exame de lesão corporal, que já foi realizado pelo Centro de Perícias Científicas Renato Chaves e encaminhado para a polícia.

O BT entrou em contato com o Colégio Aslan. A assessoria de imprensa, por ligação, afirmou somente que “o caso já está sendo resolvido diretamente com o responsável pela criança”. Novamente, o pai nega a versão da escola. “Tirei minha filha ontem mesmo da escola. Ninguém sequer ligou para resolver a situação”, afirmou.

O BT entrou em contato com a Polícia Civil e pediu informações sobre o caso. Em nota, a PC disse: “A Polícia Civil informa que o caso é investigado sob sigilo. Investigações estão sendo conduzidas no intuito de coletar mais informações sobre o ocorrido.”